O ermitão imaginário

O ermitão imaginário

Como ser o que não sei se sou,mas ainda tento ser, Serei sempre um mistério nos segredos que tento ocultar.Jamais tentarei brilhar num céu onde estrelas reticentes brilham junto a outras num bailar de luzes e cores.Meus amores são promessas de um caminheiro solitário e como um ermitão escrevo nas pedras e árvores teu nome.Nas manhãs vejo borboletas a voar por sobre as flores e me imagino como se fosse eu a beijar-te,mas não sou,pois sei que neste instante nem pensas em mim, e se pensas, achas que sou apenas mais um amigo, e não sou.Sou um apaixonado que se esconde por trás desta solidão que inventei,que criei, para não mais ficar só, E tu que do alto de minha colina,fico a observar com quem está...És para mim um sonho que em todos os momentos fico a viver.Por mais que tentem me acordar em minha casa,em minha solidão,de forma alguma conseguirão,pois és tão real, que debaixo da companheira de minhas manhãs,essa paineira cobertas por flores que no inverno voam para longe,quisera eu também ter coragem para voar e lhe encontrar.Mas se um dia de alguma forma eu tiver coragem e romper as barreira que prendem-me,com certeza ajoelharei em seus pés ,beijarei tuas mãos,e direi com a mais forte de todas as formas de dizer em alto e bom tom...Adeus solidão...

Gilmar 03/07/07