Mensagens que edificam - 145

Quem sou eu e para onde eu vou? Você alguma vez já se perguntou isto? O que eu estou fazendo para ser alguém ou algo que realmente seja significativo para outrem ou para a construção de alguma coisa digna de aplauso? São questionamentos não muito habituais, mas que deveriam compor o nosso ser e assim definir o nosso comportamento conclusivo. Temos por costume a atração desenfreada pelo alheio, queremos saber de tudo que acontece à nossa volta, e uma conversa mal falada, ou porque não dizer, fofoca, acaba por ser a tônica em muitos meios sociais. Você já percebeu o que se fala nos salões de beleza? Nos bares? Nas salas de espera? O que não compete à sua vida pessoal geralmente é o tema em discussão, muito menos algum assunto que culmine com a provocativa de uma discussão que traga alguma reflexão a nível edificatório. Talvez alguém diga que a vida já é muito dura para que se fale de coisas pesadas, mas não é neste ponto que eu estou querendo chegar. Eu só quero tentar elucidar que é possível relaxar num bom bate papo sem ter que ser propriamente uma trivialidade inútil e sem nenhum sentido que possa para além de me fazer rir, dar um toque de raciocínio ou enlevo, sem estar sempre incorrendo no mesmo erro de falar dos outros e nunca das coisas. Fala-se das roupas, da moda, da novela, da corrupção na política e por sua vez da ladroagem nos gorvernos, fala-se das mazelas das religiões e da exploração da fé, e por consequência dos cães gulosos e dos charlatães que fizeram disso tudo um mercado poderosíssimo de afanação consentida do produto do suor alheio, fala-se do atual sucesso do cantor ou da cantora fulana de tal que canta um monte de asneiras, que poderiam ser chamadas de tudo, menos de música, fala-se do carro novo do vizinho ou do empresário bem sucedido na cidade e logo alguém levanta a suspeita de que este esteja envolvido com negócios obscuros, porque ninguém na mesquinharia do bater com a língua nos dentes admite que alguém possa chegar ao sucesso financeiro apenas com o trabalho e um empreendedorismo bem elaborado. E aí a conversa já se apimenta com a inveja, o mais baixo dos sentimentos humanos. Mas o que se pode esperar de um encontro onde o que menos se observa é cultura, seja esta verbalizada ou comportamental? Que tal falarmos menos dos outros e olharmos um pouco mais para dentro de nós mesmos? Mas se for para falar de alguém que não sejam ataques pessoais, mas vicissitudes condenatórias de procedimentos danosos à sociedade. Todos temos o direito de ver, observar e de concluir, mas nunca singularizarmos particularidades onde o que se destila é veneno de ódio pessoal sem nenhum proveito ou equalização que justifique o meu repúdio. Se eu fosse mergulhar mais fundo nisso sem me precaver dos deslizes julgatórios poderia me incluir neste pacote fechado, não com um laço, mas com um nó cego e molhado, mas por agora fico com este reflexivo questionamento: Quem é você e para onde tu vais? Você alguma vez já se perguntou isto? O que tu estás fazendo para ser alguém ou algo que realmente seja significativo para outrem ou para a construção de alguma coisa digna de aplauso? Qualquer coisa que não construa nada a nível racional, intelectual e lógico que seja mediocrizado, e se possível, banido do nosso repertório, sepultado.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 21/01/2016
Código do texto: T5518168
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