O avião de Ademar de Barros

Era o ano, salvo engano de 1960 ( como estou velho estou contando coisas de mais de 50 anos atrás), ano de campanha eleitoral para preidente e vioce-preidente da República (naquele tempo se votava também no vice). Naquele tempo os candidatos a presidente percorriam todo o país fazendo comícios. Em Arcoverde estiveram Juarez Távora, JK e Ademar de Barros, e ainda os candiodatos a vice, Jango e Fernando Ferrari. Só não foi o Marechal Lott.

Eutionha na época uns 17 anos. Assisti a todos os comícios e chegada dos candidatos. De todos o que mais gostei foi de Jango, comomeu pai era dacampanha dele almocei com ele na cmpanhiado estado-maior do PTB na terrinha, nunca na minha vida vi um político tao simples, humilde e educado, parecia um de nós, gente. Era manco, mas um cara muito simpático e, repito,parecido com o povo. Mas o que mais me impressionou não por causa dele, mas porque na sua chegada houve um fato parecido com o perigo da série. É que ele veio de avião e quando o bicho grandão foi aterrisar no nosso campo de aviação hoive um problema e o aviaãoia caindo, aterrisouna marra. Um suspense danado.

Mas aterrisou e dele desceu um homenzarrão, algo, gordão, com um rosário na mão, meio trêmulo, sem o paletó, com unssuspensários coloridos e dava pra notar que estava em estado de choque. Entrou no carro oficial, de um particular que transportava todos os políticos independente de partido, era de um ricaço do lugar, e foi direto para a Igreja Matriz, rezar. Depois de uma meia hora saiu e foi fazer o comícoo que foi ali mesmo na raça da Matriz. Já estava recomposto e de paletó, lembro de uma frase que ele disse: - O Brasil não precisa de presidente, precisa de gerente. No caso ele, que tinha um slogan propladao pelos adversários, "rouba mas faz". Bom, depois do comício foi para um banquete na casa de um rico do lugar. Não tive acesso, só na saída, junto com oscolegas de "golpe", entregamos a ele uma lista num papel almaço qie pedia grana para o nosso time, já tinha os nomes de JK, Juarez, Jango e Ferrari. Cada um com uma quantia inflacionada. Ademar assinou e botou uma quantia que era maior do que a de todos os outros juntos. E deu a grana em espécie. Foi uma festa. Não sei se elevoltou no avião, não intressava mais, seguimospra farra, bebemos em todos os bares e esticamos no cabaré. Foi uma das maiores farras que fizemos com o nosso caixa dois.

Relembrado esse fato eu fico com saudade do passado, as campanhas eram mais empolgantes e divertidas, mesmo com um avião quase caindo na nossa terra. Ficou na história, um véio da época sempre se lembra do fato. Eu não esqueço, nem da quase queda do avião e nem da farra com o dinheirode Ademar. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/01/2016
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