Paraisenses na história na 1964

Luiz Carlos Pais
 
Entre os paraisenses que deixaram seus nomes inscritos na história do movimento militar de 1964 estão aqueles que foram detidos e levados para Belo Horizonte. A lista desses paraisenses é a seguinte: Carlos Vecci Gaspar, Geraldo Borges Campos, José Paes, Braz Alves Vieira, Gilberto de Oliveira Gaspar, Guerino Paschoini, João Eduardo de Vasconcelos, José da Matta, José Garcia Escolar, Justino Salgado Filho, Lázaro Lopes Moreira, Leopoldo Bortoni, Mário Prado Queiroz, Ozório Rodrigues e Tertulino Ferreira Carvalhais. Além desses quinze, outros também foram detidos na própria cidade. Alguns ficaram certo tempo na delegacia para prestar esclarecimentos sobre suas ideias políticas. Outros ainda foram obrigados a pernoitar na delegacia para serem interrogados, como aconteceu com o senhor Antônio Rosa Silva, um dos funcionários da Casa America, empresa de propriedade de Carlos Gaspar.

Alguns tinham sido filiados ao núcleo municipal do Partido Comunista, quando a legenda tinha o registro legalizado. Este é o caso de José Paes e Carlos Gaspar. Mas, em 1964, o partido estava com o registro cassado. Outros pertenciam às fileiras do PTB, partido pelo qual o presidente João Goulart fora eleito, como é o caso de Geraldo Borges Campos. Outros eram simpatizantes das reformas sociais defendidas pelo presidente João Goulart, eleito pelo PTB, e pelo então governador Brizola.


José Paes

Natural de Jacuí, Minas Gerais, José Paes nasceu em 11 de março de 1922. Filho Margarida Maria de Jesus e Herculano Paes. Desde a primeira infância, sua família fixou residência em Paraíso. Na adolescência, sem ter tido a oportunidade de receber instrução primária, começou a aprender a profissão de sapateiro. Ao completar 14 anos, foi alfabetizado pelo professor Antônio Roque Martins que ministrava aulas noturnas em sua própria residência. Este professor que ficara paraplégico em consequência de uma doença neurológica dependia de uma cadeira de rodas para se motivar com a ajuda de seus alunos. Nessas modestas condições, seu único mestre soube conduzir seus primeiros passos nos caminhos da leitura e da escrita. Além de lhe ensinar a arte de escrever poesias, despertou nele a paixão em conhecer o mundo dos ideais políticos e sociais. Foi secretário do comitê municipal do Partido Comunista, em 1946. Para acompanhar as notícias do conflito mundial, além de ler jornais, o jovem sapateiro reunia-se com um grupo de amigos, duas ou três noites por semana, para ouvir no velho rádio a válvulas os últimos acontecimentos. Em 1949, casou-se com Terezinha Lizarelli, com quem teve sete filhos: Joster Mara Paes, Marene Lizarelli Paes, Luiz Carlos Pais, Margarida Fernanda Paes, José Vicente Herculano Paes, Evandro Lizarelli Paes e Adriano Lizarelli Paes.

Braz Alves Vieira

Médico veterinário que trabalhou em São Sebastião do Paraíso, Braz Alves Vieira era funcionário público no serviço de saúde animal. Estava sempre bem humorado e disposto e a prestar seus préstimos profissionais na área de sua formação. Atendia com zelo todos os produtores rurais que necessitavam de suas orientações. Muitas vezes, para os mais humildes, doava medicamentos veterinários. Natural da cidade de Rio Pomba, Minas Gerais, tinha muitos amigos na cidade. Seu serviço de médico veterinário era instalado em um prédio comercial localizado na Praça Comendador João Alves. Braz Alves Vieira nasceu aos 21 de maio de 1915. Quando esteve detido em Belo Horizonte, por ser portador de um diploma de curso superior, foi em sala especial do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, juntamente com outros 32 presos, entre os quais o engenheiro Gilberto Gaspar. O jornal Correio da Manha, de 29 de abril de 1967, noticiou que Peba e Braz Alves Vieira deveriam ser postos em liberdade, por decisão do Procurador Geral da Justiça Militar que pediu justiça aos dois paraisenses, uma vez que as testemunhas teriam retificado, em juízo, as declarações prestadas na fase inicial do inquérito. Assim, a instância superior decidiu reformar a sentença do Conselho Permanente de Justiça da Auditoria da 4ª Região Militar, de Juiz de Fora, para absolver os dois paraisenses que haviam sido condenados sob acusação de praticar ações subversivas.

Gilberto de Oliveira Gaspar

Natural de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Gilberto de Oliveira Gaspar nasceu em 1933. Era filho de Carlos Gaspar e Ilea Gaspar. Formado em Engenharia Civil pelo renomado Instituto Politécnico da Universidade de São Paulo, onde militou na União Nacional dos Estudantes. Por vários anos, trabalhou no setor de Engenharia da Prefeitura Municipal de Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde fixou residência e constituiu família. Foi também professor da Faculdade de Engenharia daquela cidade.

Dados do engenheiro Gilberto de Oliveira Gaspar, registrando sua estada nós órgãos da repressão militar podem ser localizados no documento 0351, pasta 0335, do acervo do DOPS no Arquivo Público Mineiro. Para finalizar esse registro sobre Gaspar e seu filho Gilberto, relembramos aqui de uma divertida crônica publicada, em 1999, no jornal “Pro Cê Lê” dirigido por Walter Paschoini: “E assim foram prendendo todos aqueles que convinham, levaram um homem reto que era o chefe do escritório, homem reto sem igual, dono do empório, honrado comerciante muito simples e natural. Era um ser destemido, competente e muito ordeiro e para poder lhe fazer par, somente seu filho engenheiro.”

Guerino Paschoini

Natural de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Guerino Paschoini nasceu em 17 de março de 1931. Filho de Ângela Gilberte e José Paschoini que eram imigrantes italianos e deram origem a uma grande família muito conhecida na cidade. Aposentado depois de trabalhar vários anos como profissional em instalações hidráulicas, Guerino nos recebeu em sua residência, em julho de 2013, para uma conversa amistosa sobre os episódios de 1964, quando foi preso junto com o Grupo de Paraíso. Amigo de José Paes e dos demais paraisenses detidos. Ele fez questão de ressaltar detalhes de natureza humana que servem para dignificar seus companheiros. Era mês de abril quando ocorreram as prisões e fazia um frio considerável durante as noites e madrugada.

O ônibus que conduziu o grupo a Belo Horizonte, numa viagem que levou 14 horas, estava em péssimos estado de conservação. Bem próximo ao banco no qual fora ordenado de sentar-se dentro do ônibus estava faltando um pedaço do vidro da janela. Entrava um vento gelado e ele estava apenas com uma camisa de manga curta, roupa com a qual tinha trabalhado durante o dia na cidade de Santo Tomaz de Aquino.

Na medida em que a temperatura ia diminuindo cada vez mais, durante a madrugada, nas proximidades da Usina de Furnas, o amigo José Paes que usava camisa de manga comprida e portava uma jaqueta simples, ofereceu-lhe este agasalho para amenizar-lhe o frio. Para o sapateiro poeta a camisa de manga comprida era suficiente. Passados mais de 40 anos dessa pequena e grande história de amizade, encontrei Guerino no velório do meu pai. Guerino ainda relembrou muitas outras passagens que se encontram lucidamente gravada em sua fértil memória.

Lembrou do momento em que o Peba que não perdeu a chance para fazer piada no momento tenso, quando o ônibus estava parado sobre a balsa de travessia do Lago de Furnas. Enquanto alguns guardas bestiais gritavam que tinha chegado a hora de todos eles morrerem afogados, naquele imenso lago, Peba dirigiu-se ao Guerino e perguntou: Você sabe nadar? O amigo lhe respondeu: Sim, eu sei nadar! Teria respondido Peba: Pois é, sou como um machado dentro d’água, mas peço a você que transmita uma mensagem à “princesinha” – se referindo à esposa Antonieta - Diga-lhe que morri pensando nela! Por certo, a gravidade da cena foi amenizada pelo espírito desses amigos que souberam repartir entre si gestos de profunda generosidade.

Portaria assinada pelo Ministro da Justiça, em 20 de maio de 2008, declarou Guerino Paschoini, anistiado político, um reconhecimento que permitiu ao Estado indenizá-lo em consequência da prisão sofrida em 1964. [Pág. 20 do Diário Oficial da União de 14 de outubro de 2008] Como relembrou Guerino, quando em julho de 2013, uma das consequências das prisões de 1964, para vários paraisenses, começou a surgir quando eles retornaram à cidade e tentaram retomar suas atividades profissionais. Como muitos trabalhavam por conta própria, como encanador, sapateiro, barbeiro, alfaiate, entre outras profissões, dependiam da confiança de seus clientes para contratar seus serviços. Em entrevista concedida ao Jornal do Sudoeste, Guerino Paschoini confirma esse tipo de dificuldade por que passaram os amigos presos.

A propaganda intensa contra os comunistas foi veiculada pelo vigário, através da emissora de rádio de sua propriedade, contribui para que muitos clientes ficassem com medo e não mais buscassem seus serviços. Nesse sentido, o sapateiro José Paes passou por dificuldades financeiras dessa ordem. Foi obrigado recorrer a empréstimos bancários, com aval de amigos, para custear as despesas de alimentação da família composta de dez pessoas. Por esse mesmo tipo de dificuldade passou o encanador Guerino quando relatou que na tarde do dia 9 de abril de 1964, tinha acabado de chegar da vizinha cidade de São Tomás de Aquino, onde havia passado o dia trabalhado, quando foi surpreendido com sua prisão.

Foi levado para Belo Horizonte, juntamente com os outros paraisenses, na noite do mesmo dia, apenas com a roupa do corpo, sem nenhum agasalho e sem nenhum documento. “Os militares chegaram e me prenderam, nem me disseram o porquê”. Ficha de identificação de Guerino Paschoini nos acervos do DOPS de Minas Gerais pode ser localizada no documento 0419, pasta 5489, do Arquivo Púbico Mineiro. Porém, como seu nome encontra-se grafado errado nos registros, ao fazer consulta digital é preciso procurar por “Guerino Pachoini”, porem todos os dados pessoais confirmam tratar-se do encanador paraisense Guerino Paschoini.

João Eduardo de Vasconcelos

João Eduardo de Vasconcelos nasceu no dia 22 de maio de 1898, na Fazenda Prata de Cima, em terras que pertencem ao atual município mineiro de Fortaleza de Minas. Filho de Eduardo Antônio do Couto e Rita Leopoldina de Vasconcelos. Casou-se com Antônia Lúcio Vasconcelos com quem teve sete filhos: Eduardo Maurício, Maria Constância, Maurício Lúcio, Rita de Cássia, Waltênio, Lúcia Maria e Apolônio Eduardo. Os primeiros filhos de João Eduardo nasceram em Santa Rita do Paranaíba (Goiás), onde ele exerceu a função de oficial de registro civil, e trabalhou como funcionário municipal de Buriti Alegre. Em 1935, retornou a Paraíso para trabalhar como funcionário do Instituto Brasileiro do Café. Estava sempre em contato com trabalhadores rurais e sempre estava disposto a contribuir com suas visitas para combater a praga da “ferrugem” que abateu sobre as plantações da região.

A partir de certo grau de infestação dessa terrível praga, quando não havia ainda produtos químicos adequados para combatê-la, a orientação técnica consistia em erradicar a plantação. Alguns fazendeiros ficavam assustados diante dessa possibilidade. João Eduardo era grande amigo de José Paes. Além de compartilhar das mesmas ideias política, os dois eram amantes da literatura. Escrevia poesias e cultivava o hábito regular da leitura e teve seus poemas publicados na imprensa local. João Eduardo faleceu em 1986, aos 88 anos de idade. Na década de 1960, todos na cidade sabiam de suas convicções socialistas claramente assumidas nas conversas com os amigos. Gostava de estar sempre bem informado quanto aos acontecimentos da política internacional e tinha plena consciência social dos interesses econômicos que alimentavam as disputas entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Sua consciência política de esquerda associada à sua inteligência e simpatia entre as pessoas mais simples talvez tenham despertado a desconfiança ideológica por parte de alguns fazendeiros, industriais ou comerciantes cujos nomes constam na lista dos próprios paraisenses que testemunharam contra ele no inquérito que fora vítima em 1964. Após ter sido liberado da prisão de abril de 1964, João Eduardo respondeu a um inquérito, mas foi inocentado das acusações porque não havia cometido nenhuma ação contra a ordem política e social. [Pasta 0335, Documento 351. Acervo DOPS- APM]

José da Matta

Natural de São Sebastião do Paraíso, José da Matta nasceu em 6 de dezembro de 1913. Era filho de João da Mata Souza Martins e Maria Bárbara Martins. Era casado com a senhora Eliete Conceição da Matta. O advogado paraisense Melchior da Matta era filho do casal. José da Matta exercia a profissão de alfaiate. No documento número 360, pasta 0335, do Arquivo Público Mineiro, localizamos dados de identificação do alfaiate José da Matta detido em 9 de abril de 1964, juntamente com outros 14 paraisenses.

José Garcia Escobar

Imigrante espanhol que veio para o Brasil junto com seus pais Ramon Garcia Pino e Leonor Escobar Modena, José Garcia Escobar nasceu no dia 3 de Agosto de 1909, em Campillos, Província de Málaga. Morou em São Paulo, casou-se e fixou residência em São Sebastião do Paraíso, onde era proprietário da Casa Estrela, uma loja de utilidades domésticas, variedades e presentes. Faleceu em 1987. O sapateiro Casemiro Potenciano do Couto ainda se lembra, com muita clareza, o dia em que o amigo Escolar foi detido, pois sua sapataria localizava-se bem em frente à Casa Estrela. O comerciante tinha suas convicções ideológicas, mas não fazia qualquer propaganda política juntos aos clientes, amigos e funcionários. Milton Calixto Dias, que trabalhou na Casa Estrela, relembra que José Escobar tinha atitude consciente de fornecer o jornal para seus funcionários se inteirar do que estava acontecendo no país.

Justino Salgado Filho

Natural de Sengés, Paraná, Justino Salgado Filho nasceu em 22 de julho de 1922, mas desde a década de 1940 reside em São Sebastião Paraíso. Filho de Justino Salgado e Maria das Dores Salgado. Era eletricista e trabalhava na Empresa Elétrica Siqueira e Meireles, concessionária do serviço da energia elétrica na cidade de São Sebastião do Paraíso. Percorria todas as casas da cidade, fazendo a leitura do consumo de energia elétrica. Nunca participou de partido político. Era amigo de José Paes e sempre passava na sua sapataria onde trocava ideias com os amigos sobre a vida geral da cidade e do país.

Lázaro Lopes Moreira

Natural de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais, Lázaro Lopes Moreira nasceu em 11 de julho de 1921. Era filho de Balduino Lopes Moreira e de Maria Alves Moreira. Lazinho, como era mais conhecido, era funcionário dos Correios onde exercia a função de carteiro, motivo pelo qual circulava por toda a cidade. Era comunicativo, simpático e tinha muitos amigos; sempre expressava livremente sua consciência política. Graças a uma ficha de identificação arquivada no DOPS de Belo Horizonte, é possível registrar seu nome na história recente da nossa terra.

Leopoldo Bortoni

Natural de São Sebastião do Paraíso, Minas Gerais. Filho de João Bortoni e Idalgina Bortoni. Nasceu em 19 de janeiro de 1918 e faleceu em 1975. Era alfaiate. Foi homenageado com a atribuição de seu nome em uma via pública da sua terra natal. Um reconhecimento aos vários serviços sociais que realizou para diferentes instituições filantrópicas da cidade. Leopoldo foi o primeiro provedor do Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira, instituição de referência de São Sebastião do Paraíso e toda a região. Foi membro da loja maçônica pioneira local, intitulada “Fraternidade Universal”. Após os episódios de 1964, participou da fundação de outra loja maçônica de São Sebastião do Paraíso. Casou-se com a Emília Castelani Bortoni, com quem teve os filhos Maria da Graça, João Luiz e Nilva. Sempre contribuiu com instituições filantrópicas da cidade.

Mário do Prado Queiroz

Natural de Areado, Minas Gerais, Mário Prado Queiroz nasceu em 1905. Filho de Azarias Marinho Queiroz e Maria Izabel do Prado Queiroz Residente em São Sebastião do Paraíso. Durante muitos anos, trabalhou na Empresa Elétrica Siqueira Meireles Limitada, concessionária do serviço de energia elétrica na cidade. Foi homenageado com a atribuição do seu nome a uma via pública de São Sebastião do Paraíso. Como quase todos do Grupo de Paraíso, Mario Prado foi também liberado no dia 17 de abril de 1964. Essa liberação foi “por ordem da comissão” como os demais.

Osório Rodrigues

Natural de Delfinópolis, Minas Gerais, Osório Rodrigues nasceu em 28 de dezembro de 1919. Filho de Mizael Rodrigues e Achidemia de Castro. Residia em Paraíso, onde era funcionário do Banco de Crédito Real de Minas Gerais. Casou-se com a enfermeira Beatriz Fidelis Rodrigues. Foi membro da diretoria da Sociedade Beneficente Operária, quando o presidente da entidade era Carlos Gaspar. O sociólogo Carlos Rodrigues é filho de Osório e Beatriz.

Tertulino Ferreira Carvalhaes Filho

Natural de Passos, Minas Gerais, Tertulino Ferreira Carvalhaes Filho nasceu em 9 de novembro de 1907. Exercia a profissão de barbeiro e era mais conhecido pelo apelido de Nenê Jaspe. Filho de Tertulino Ferreira Carvalhaes e Amélia de Oliveira Carvalhaes. Casou-se com Amália Campos Carvalhaes, irmã do barbeiro Geraldo Borges Campos. Tertulino e Amália tiveram três filhos: Maria José Carvalhaes Duarte; Wellington Monte Carlo Carvalhaes e Jeane Aparecida Carvalhaes de Paula. No final da década de 1930, Nenê Jaspe cortava o cabelo dos alunos internos do Ginásio Paraisense. Em troca do serviço tinha assegurado o pagamento dos estudos secundários de seu filho. Nenê Jaspe não exerceu atividade de política partidária. Gostava de se inteirar dos acontecimentos políticos país. Cunhado do barbeiro Peba, em conversas amistosas, expressa livremente sua consciência em favor das reformas defendidas pelo presidente Goulart.

Como seus demais conterrâneos, o barbeiro paraisense foi detido no dia 9 de abril de 1964 e foi liberado no dia 17 de abril de 1964. Nenê Jaspe faleceu em São Sebastião do Paraíso, em 22 de novembro de 1975. Após o seu falecimento, o Pedro Bispo, barbeiro que trabalhou com ele vários anos, continuou atendendo seus clientes no mesmo endereço, Rua Pimenta de Pádua, próximo ao Bar Katatokos, ponto de encontro de várias gerações de paraisenses.

Campo de Grande, MS, 24 de Janeiro de 2016