Mensagens que edificam - 148

Por mais que tentemos, e por mais força que seja desprendida para buscar reverter o processo instalado de conformismo ao maior complô estrutural de dominação das mentes pelo adestramento da subconsciência, será como dar murros em ponta de faca. Não que eu declare com isso alguma impotência ou descredibilização da capacidade humana de reverter quadros de desqualificação ou deterioração dos valores essenciais e naturais, que compõem as virtudes natas de cada um, mas a grande evidência é que sem uma nova era onde um neo-iluminismo seja a austera e preponderante política de conceitos e valores que restaurem o corrompido sistema humano, toda iniciativa não fará nem beira do que realmente precisamos. Para quem espera a volta do filho do homem, vale lembrar que há os que esperam a vinda, e outros, a volta dos que não foram, e neste caso, onde a fé celebra o nascer de cada dia e ocaso ao fim deste, como a proximidade que acalenta esta crença romântica e mística, que acaba por sorver um tanto de acolhimento aos sentimentos mais profundos e contritos, que fazem cumprir o seu papel de acalanto no critério desta mística que robustece invólucros de uma espera que parece não ter fim, e que na sombra da lógica, nunca chegará. Mas pensando bem, esta é uma engrenagem lubrificada com a unção de suspeitas e infundadas premonições que tratam o tempo como se este fosse virtual e as pessoas como se estas fossem a composição de um elenco, onde a peça nunca termina e cada ato já não dura um milênio, mas uma eternidade. Que perjúria! Que conto funesto onde cada gesto faz menção de que as histórias para embalar o sono dos pequeninos pode falar de personagens que se transfiguram em figuras reais, pelo menos no imaginário de quem faz da fé a razão mais absoluta do que a própria existência, afinal neste conceito o justo viverá da fé, e se ele recuar a minha alma não tem prazer nele.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 01/02/2016
Código do texto: T5529672
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