Como vai a sua caligrafia?

Como vai a sua caligrafia?

Se é que você ainda mantém esse belo gesto manual, porque neste nosso novo tempo, penso , aquela boa e caprichada caligrafia a cada dia tem ficado para trás, desprestigiada ou até esquecida em detrimento do que está mais apto ao ritmo das nossas rotinas, ou seja , um computador onde atuamos com o “teclar”. Na verdade essa coisa da bela caligrafia ficou na saudade. Seria coisa do passado?

Ah, uma boa caligrafia!...esse gesto de escrever... penso, é aquele passo da mão, par com o lápis e /ou caneta no chão do papel a lembrar um bailar tão delicado, tão harmonioso, ritmado, cadenciado que podemos dizer , é um ato de amor.

Em tempo de modernidade, com toda esta parafernália de maravilhas ao nosso dispor, alí à mão, somos tentados, até forçados a aderir. E depois, não tem como fugir da pressão do novo tempo com as suas modas e tendências. Não tem como não se envolver nas ondas do chamado crescimento. No entanto, quanto se perde nesse processo.

Em tempos de desenfreado consumo, competição, busca do sucesso, todas essas coisas do “ter”, onde a correria e o stresse são associados, a bela caligrafia não tem mais vez... Adeus às belas cartas! a nova geração talvez não conheça essa coisa das belas caligrafias.

É talvez considerada muito lenta, muito passado, não cabe no universo de marcas do atual sistema de vida. Quem é louco de parar para escrever manualmente e ainda por cima com beleza e delicadeza?...Se tá difícil até parar para pensar imagina para escrever.

Uma pena!... No geral, elas não existem mais como antigamente. Porque a escrita do novo tempo também corre, vira garrancho, se estressa, vive nos engarrafamentos, nesse embalo de rotina fatigante. Não tem mobilidade. O homem moderno teria matado a bela caligrafia?

E você há de concordar que essa coisa do “digitar” nos põe fora de forma, a mão nunca mais será a mesma. Haveria que ter uma constante " escrita manual" paralelamente ao "teclar" para não se perder o modelo que cada um tem e que até é considerada identidade bem particular. A escrita manual é referência, é um tesouro.

O habito de escrever a cada dia fica mais distante de nós. As mãos mudaram de direção, mudou o seu par... em vez do calor de um abraçar a caneta , o frio de um tocar o teclado...

Teria morrido aquelas belas caligrafias? Nunca mais as vi por aí...

nunca mais, eu, que tive a minha tão linda , conseguirei escrever como antes.

Como vai a sua caligrafia? A minha vai mal! Nunca mais foi a mesma... que saudades ...motivo pelo qual, escrevi esta crônica, largando a caneta e aderindo ao toque frio de um computador.

Cristin. 01.02.2016

Cristin
Enviado por Cristin em 02/02/2016
Código do texto: T5530837
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