Minha Janela

Quando o sol rompe a madrugada, levanto-me e vou à janela. No horizonte percebo os contornos dos morros desta magnífica região de Ribeirão Preto. Imagino o que há além dele – cana, cana, cana... a se estender ao outro horizonte! Aqui e ali, uma árvore, um capão de mato, e no meio dele, alguns troncos de árvores mortas pelo fogo. Sobre um desses troncos um carcará observa tudo com seu olhar preciso. A terra vermelho-telha nos campos arados onde cairá a semente da soja, do milho, do feijão... Terra onde o calor do sol brinca com nossa sensibilidade. Onde faz-nos procurar as sombras refrescantes das árvores. Lá também onde os pássaros estão abrigados em suas copas. Ribeirão Preto é lugar de povo forte e trabalhador. A cidade foi construída sob o suor de quem sempre acreditou no futuro.

Amo esta terra de gente amiga e hospedeira. Terra de farta alimentação. Lugar de alegria e ambiente romântico. No coração da cidade, na Praça XV de Novembro, lá canta o majestoso sabiá. Tem seu ninho na marquise de um edifício no único quarteirão de calçadão da Rua Tibiriçá. O pássaro voa entre as árvores cantando sem parar. É a música da cidade mais bela do nordeste paulista.

Thales de Athayde
Enviado por Thales de Athayde em 06/07/2007
Código do texto: T554203
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