Mensagens que edificam - 157

Até quando ou quando vale a pena dizer coisas que podem desconstruir a fé de alguém? Tenho refletido muito sobre isso ultimamente, e muitas vezes, confesso, que fico perturbado ao perceber a reação de desapontamento e desespero de alguém que se depara com um escrito ou um vídeo que confronta aquilo que é a sua zona de conforto e paz. Pense comigo: vale a pena dizer e mostrar para um idoso de 86 anos que as coisas em que ele acredita não passam de fábulas e mitos? Se durante a sua vida inteira isto o realizou e o faz feliz, porque provocar uma turbulência naquilo que não mudará nada o curso daquilo que ainda resta para viver? Há casos e casos, e precisamos trabalhar isto com cautela e sabedoria. Quando alguém tem sede ou fome procura por água ou comida, e o que quero dizer com isso é que se alguém me indaga e insiste sobre determinado assunto, independente da idade eu vou falar, mas se este não for o caso não me dou por porta-voz de nenhuma filosofia que pretensione criar conflitos desnecessários. Ao contrário do que o Jesus da Bíblia recomendou que aquele não aborrecer pai e mãe, irmãos e irmãs não é digno dele, prefiro o carinho e a comunhão daqueles que posso ver e são meus entes queridos. Não tenho com isso uma posição ambígua, ao contrário, cada dia que passa meus conceitos vão ganhando solidez, todavia não buscarei quem está quieto no seu canto, mas se buscarem ler o que publico o problema já não é meu. Defenderei sempre a liberdade de expressão, e se a minha confronta todo um sistema há séculos instituído me considero um privilegiado, mesmo sabendo que pra muitos sou digno de pena e necessitado de oração. Não tenho a mesma reação diante de um bitolado, cego ou fundamentalista religioso, antes desejo que todos se libertem das masmorras da ignorância.