Mensagens que edificam - 161
Será necessário da minha parte um mea culpa por usar de sinceridade? Onde estará o meu álibi para provar que eu disse a verdade, ou pelo menos, a minha verdade? Entrementes eu me sinto reticente, pois em toda esta discussão não há ponto final quando a conclusiva é um camuflado parágrafo sucedido emergentemente de etc e tal, porque é um assunto onde jamais haverá um denominador comum. Somos em parte concordantes, por vezes até muito, mas sempre haverá um epígrafe que emergirá uma discórdia. Não somos mesmo perfeitos e jamais conseguiremos a coerência de gregos e troianos. Porém, contudo, todavia, se formos diplomáticos sobreviverá a amizade calçada sobre os alicerces da boa convivência, e esta resiste aos conflitos como forma de estimular nossos valores e convicções. Quantos admiradores hoje são críticos destrutivos e inconsequentes julgadores. Não me faz falta a amizade condicionada a pensar em igualdade, fazer a mesma coisa, comulgar a crença, partilhar a mesma fé, desculpe mas isso não é amizade. A amizade sincera sobrepuja as controvérsias desde que esta não ponha sobre a mesa um suposto alimento que eu não consigo digerir. Vamos falar daquilo que não fomenta o ódio, nem de coisas que suscitam a ira. Há tanta coisa pra brindar, ainda que tenhamos interpretações diferentes somos iguais como gente, e gente, quando quer se entende. Abaixo o radicalismo, fora o discurso absolutista e chega de puritanismo. Somos nascidos e criados num invólucro de fragilidade, só não haverá vez para o mau caratismo ou expurgável extremismo, no mais... serei parceiro inseparável do mais relevante eufemismo. Acredite no que você quiser, mas jamais imponha similaridades aos outros. Pense o que você quiser, mas jamais exija uma concatenação alheia que seja a sua exata expectativa. Ser sincero, por vezes é saber relevar em nome de algo muito sério: o respeito por aqueles a quem prezo.