PODER POLÍTICO E CIDADANIA

Se este espaço é dedicado a refletir sobre tabus, dá para falar de política?

Claro que sim! Um dos nichos mais recheados de tabus é o meio político.

O homem é um ser social, e vive em sociedade para melhor se defender e se organizar. No entanto, a sociedade deveria servi-lo, como elemento fundamental de sua formação, pois se a situaçao se inverte, o que é comum e recorrente, temos de trabalhar em dobro, para alimentar a máquina social, controlada por alguns cidadãos mais poderosos, associados ao governo, e ainda somos mal servidos daquilo que seria básico, como assistência médica, segurança, educação, saneamento, manutenção de vias, iluminação e previdência. Quando esse tipo de situação se estabelece (e já nos acostumamos com essa aberração), o governo passa a ser a entidade máxima, como um deus precário, assessorado por algumas dezenas de empresas particulares, geralmente de grande porte, que fazem o papel de semideuses.

Não podemos aceitar que qualquer poder, seja qual for, nos amedronte, roube, engane e diga que somos responsáveis por seu funcionamento. Grande mentira!

Saibamos dizer não! Eles não tem nenhum poder, que não emane do povo. Pense!

Quantas vezes somos tratados com truculência? Ou assistimos isso ocorrer?

E o que fazemos, geralmente? Ficamos indignados, resmungamos e ... calamos.

Claro que não podemos responder a qualquer ato truculento com o mesmo tipo de atitude, seja ela física ou mental, individual ou coletiva, mas temos de eliminar o mal, agindo prontamente. Temos de denunciar qualquer mínima irregularidade pela imprensa, internet, rádios e tv. Com tranquilidade e isenção, sem exageros, mentiras, simpatias ou antipatias.

A igualdade virá, quando todos nos conscientizarmos que temos de nos apoiar, mutuamente. Ninguém é grande ou pequeno o bastante, que escape à injustiça da tirania social, quando ela cisma, porém, da mesma forma, grandes e pequenos também enfrentarão, mais cedo ou mais tarde, a justiça, mesmo que protegidos por cargos ou autoridade.

Vivemos associados, uns aos outros, e a isso chamamos civilização.

Quando muitos vivem juntos porém, sempre há alguma bagunça, e para evitar exageros foram criadas regras, que normatizam a vida na sociedade. Nem todas, porém, são justas e condizentes com a realidade, justamente porque os que detém o poder costumam agir em benefício próprio, como os legisladores, que costumam puxar a brasa para sua sardinha.

Para que fomos dotados de raciocínio? Para usá-lo em ocasiões como essa.

Temos de refletir sobre o que vale a pena, ou não. E agir de acordo.

Aceitar imposições do poder constituído ou convenções impostas, tradicionalmente, pela família ou meio social, sem questionamento, é querer passar atestado de burrice.

Opte pelo seu crescimento, seu esclarecimento, apesar de tudo e todos.

A família sempre foi, apesar das manipulações que sofremos, ao longo de séculos, a célula mater da sociedade, e o indivíduo, o objetivo, o beneficiário maior e principal.

Se o homem passou a viver em grupo, para melhor dominar o meio, a sociedade passou a representar a entidade que congrega o grupo de sócios, ou cidadãos. Como já dito acima, seu objetivo, desde sua criação, foi sempre servir ao indivíduo.

As famílias, constituídas por afinidade entre indivíduos, são mini sociedades, dentro da sociedade maior, e formam a base de seu funcionamento.

Quem desconsidera a família ou o indivíduo, desconsidera a própria sociedade.

Quem considera que um assalariado pode viver com salário mínimo, e defende ou aceita para si salários dez vezes maiores, mais mordomias, age bem? Governa bem?

Quem diz que está tudo na mais perfeita ordem, e a realidade é, claramente outra, está respeitando os cidadãos? É preciso pensar, seriamente, onde tais atos irão desembocar.

Politicagem, como já foi dito antes, é defender princípios, ideologias, grupos, partidos, correligionários, associados, aliados, visando carreira, poder, protecionismo, corporativismo, status, sem medir consequências sociais. Geralmente, os que se utilizam de tal expediente, defendem estratégias de consolidação de suas ações, apregoando que os fins justificam os meios, ou seja, é fazer o que for preciso, doa a quem doer, para ter sucesso.

Podemos gostar de certas pessoas, mas temos de enxergar quando agem bem ou não.

Siglas e partidos valem muito menos que a vida de todos nós, de nossas crianças e idosos. Temos de lutar a boa luta, pacífica, consciente, em prol do que é bom pra nós todos.

nuno andrada
Enviado por nuno andrada em 10/03/2016
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