Mensagens que edificam - 166

Discutir fé com um crente é um desafio à paciência e à princípios éticos. Experimente tirar o doce de uma criança. A reação será muito similar, pois em defesa da subjetividade a educação ficará apenas no discurso. Diante disso tenho me proposto a não perder tempo tentando convencer fundamentalistas religiosos de que suas crenças se sustentam em pilares de suposições. O desgaste é muito grande, e no final o estresse acaba por fazer mal. Se alguém tem fôlego para uma luta dessas, parabéns, lembrando que esta pode durar muitos rounds. Eu não vou conseguir mudar o mundo ao apresentar minhas ideias, nem tenho esta pretensão. Apenas posto em um espaço livre e democrático aquilo que me é permitido fazer. Se alguém não concorda tem todo o direito de se manifestar, todavia se vou responder uma provocação é outra história. Todos os dias, em todos os lados e por todos os meios sou bombardeado por coisas nem um pouco imunes a uma classificação de imposição radical, sob pena de, se não der ouvidos, receber recado que estou perdido, pois não há outro meio de ser salvo. Na verdade eu fico me perguntando: salvo de que? Perigo corremos desde antes de nascermos, e passamos a vida toda sob as mesmas ameaças, o que vem para o pobre vem para o rico, o que vem para o crente vem para o ateu, o que vem para conterrâneo vem para o estrangeiro, e assim todos estamos debaixo do mesmo sol. Hoje me perguntaram para onde vai a minha alma depois da morte. Olhei para a pessoa e disse: você conhece alguém que veio da experiência da morte para relatar algo? O crente terá sempre uma palavra de convicção sobre este assunto, e eu, do que sou convicto? De que um mundo de incertezas paira sobre nós e que a coisa mais certa da vida é a morte. Depois disso, eu não tenho resposta. PT, saudações.

Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 10/03/2016
Código do texto: T5569765
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