Espero
Numa rua sem saída, vejo o reflexo da solidão, da angústia, de fraquezas. A disputa entre seres irracionais, que se manivelam, e causam suas próprias ruínas. Consistem na ignorância, na auto-desefa, no egoísmo.
Lá de dentro, mal posso escutar as respostas que tanto pertubam minha mente. Sinto-me rejeitada de todas maneiras. Posso estar aos berros, e em outras visões, me permanecer calada o tempo todo. Permaneço desamparada, em busca de refúgios, de um afago.
Espero, com o chamado comodismo, pelo dia da mudança, como uma notável adolescente sem seus ideiais, sem mais. A tal menina que se achava forte e capaz, mas que foi mudada, trocada por valores maiores. Que se indaga sempre pelos motivos, mas já com uma certa indiferença.
Espero por um dia, em que o bem seja uma força maior. Que seres humanos percebam que podem alterar todos os meios, e viver num mundo mais justo, correto. Mesmo que sejamos a minoria, gostaria de continuar sendo a espectadora, mas com meus próprios reflexos.