Desabafo Politico

O meu primeiro post sobre política brasileira aconteceu em meados de Outubro de 2014, estou tentando buscar o post de volta, mas não sei como. Nele eu dizia em tom de ironia algo na linha do "Infeliz é o país que tem que escolher entre Dilma e Aécio. Sinto muito por vocês todos, boa sorte!". Muitas aguas rolaram depois disso, e aprendi uma coisa somente, infeliz fui e sou eu em me importar e tomar laços novamente e principalmente acreditar que esse país possa ser qualquer tipo de referencia emergente internacional. Infeliz hoje me encontro em ser bombardeado por péssimas noticias o dia inteiro, de ser sujeito a adjetivações grosseiras e ameaçadoras quando não concordo com certas linhas conservadoras de pensamento. Infeliz eu, independente, apolítico, não religioso, indoutrinavel, cosmopolita, tolerante, curioso, pecador, hedonista, alegre, anarquista, sentimental, poeta e imigrante, hoje estar sofrendo por um povo que é o contrario disso tudo que sou, sendo forçadamente por eles filiado e escrachado sem nem o direito de bater o ponto, amado e odiado, publico e celebrado, tudo que não queria e nunca sonhei em ser, BRASILEIRO APAIXONADO DE CABRESTO E PAU DE ARARA. Infeliz sou eu, que por uma inocente brincadeira, ligou novamente a ponte que tinha sido destruída e esquecida, a que liga a razão daqui com a insanidade daí. No final, me faz lembrar um dizer no underground londrino (metrô) que eu li na primeira semana q cheguei aqui quase 20 anos atras, e dizia traduzindo: Vc pode fugir de tudo e de todos, mas vc jamais conseguirá fugir de si mesmo. A sina de um infeliz, brasileiro nato, um desgraçado dessa vida, e nobre de coração. Infelizmente, maldito dia que foi aquele que voltei pros seus braços, Infeliz hoje sou, vergonha e medo que assolou. Daria tudo pra voltar o tempo, como foi bom mais de quinze anos de esquecimento. Vou tentar mudar, vou matar ainda esse Brasil que existe dentro de mim e só faz atrasar minha vida, minha sanidade e liberdade varonil. Infeliz hoje sou eu, por te querer melhor que seus próprios filhos!