Mensagens que edificam - 197

Os meus olhos miram aquilo que as minhas mãos não alcançam? Não me recolho na insignificância de ter a distância como obstáculo, mas faço da intenção a mola propulsora que me apresenta possibilidades no âmbito da constante evolução, que a cada ocaso, me descansa, e a cada amanhecer, me renova. Não há aqui um apelo incongruente à força do querer como prerrogativa de direito ao uso do sobrenatural, mas uma evidência de que a emanação da vontade, no aspecto físico, gera o fortalecimento dos meus anseios e o exercício da minha capacidade. Sem mágicas, nem falsas expectativas ou esperas respaldadas num bem querer do além, mas no desenvolvimento contínuo do potencial que em cada um é evidenciado de maneira proporcional. A minha força não está inserida na prática de nenhuma evocação invisível, porém é manifesta no que disponho de concreto. Se a estiagem expõe a terra à sede e ao cansaço, não olho para o céu e imploro por aguaceiros, mas vou ao encontro das águas, e assim me norteio. Se necessário for, imigro, sem jamais abrir mão daquilo que está comigo: não sou árvore plantada, sou um ser caminhante e pensante. Não necessito de um cérebro que pense por mim, antes alimento minhas peculiares convicções. A descoberta da crise desencadeia a busca pela solução, e é esta engrenagem que originou tudo que está à sua volta. Impávido e nunca pálido mostro com que armas enfraqueço os meus receios, medos e preocupações. O óstraco do meu cotidiano pode ser apenas um fragmento, mas é a peça chave para o desvendar da minha íntima felicidade. Checkmate!!!