Circo dos horrores

Dança macabra? A fome ronda minha fama, sempre fui apedrejado pelos olhos da lama. A peste do século sempre me alcança, oferecendo-me o êxtase do elixir da vida.

O observatório deixa seu trabalho e passa a me observar, penso até que a morte nunca virá me buscar. Subi num rojão quando consegui comprar um bom colchão, naquela queda acordei numa cama de pedra.

E num suspiro o amor vampiro veio me visitar. Detesto filme de horror, pois os seus amores adoram um caixão. E as moscas de chifres continuam espalhando bernes que arrebentam a pele e o inferno das coceiras. E os morcegos aguardam o por do sol e a canseira da aurora fazendo alvorada não saem de minha calçada e seus olhos vermelhos esta coisa horrorosa sorrindo pra mim querendo bater um dedo de prosa!

Eu procuro os amores! Mas o circo dos horrores está sempre a me visitar! E o meu pescoço não se safou do efeito bumerangue. E que São Miguel Arcanjo nos livre das séquitas poéticas do poeta Augusto dos Anjos.