MUITOS ERROS NESTE INÍCIO DE GOVERNO

Um governo que pretende ser forte e austero não pode cometer erros infantis como estamos assistindo neste início de governo interino, sob o risco de perder credibilidade. Lembram-se do Collor? Pois é, enquanto ele procurava dar um ar de modernidade e austeridade ao governo, sua equipe jurídica cometia erros patéticos. No fim, deu no que deu: a renúncia, para evitar o impedimento. Não digo nem sim e nem não ao retorno do Ministério da Cultura, digo apenas que o governo deve equacionar e redistribuir os custos, principalmente aqueles oriundos da Lei Rouanet que financiou até livro de receitas. E depois, avaliar o que é mais importante: recuperar a saúde pública ou continuar financiando projetos culturais bizarros para simpatizantes do governo. Mexer na aposentadoria, aumentar impostos (CPMF?), nomear gente investigada na Lava Jato (Romero Jucá, por exemplo, que ocupa cargo de Ministro do Planejamento), são atitudes totalmente sem sentido. Aí você me diz: mas Temer tem que fazer essas alianças para poder governar! E eu lhe respondo: mas será que os partidos com quem ele deve fechar alianças políticas não têm em seus quadros ninguém que seja íntegro? A situação continua feia, pois o déficit antes previsto de 96 bilhões chega a 175 bilhões, o que vai nos levar a mais sacrifícios para pagar a conta dessa herança maldita. O governo Temer não pode e não deve ser populista, não pode fazer e desfazer a cada instante, caso contrário cairá no mesmo erro de governos anteriores que levaram o Brasil e seu povo à penúria que hoje se encontra.
  
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