Que lembranças gosto de colecionar

Gosto de colecionar lembranças que trago de alguma viagem. Tenho espalhadas pela minha casa várias lembranças. Num balcão que fica na sala de jantar tenho várias lembranças. Um relógio que comprei no dia de meu aniversário em Florença. Eu estava passeando por uma rua e avistei em uma vitrine esse relógio. Achei muito bonito. Nele há três anjinhos. O vendedor me disse que era os anjos de Rafael. Meus netinhos gostam muito de pegar nesse relógio e já quebraram algumas peças dele. Ele tinha um pêndulo e já não tem mais. Penso em concertá-lo um dia, mas ainda não tive tempo para isso.

Há também uma bomboneira, que está sempre vazia, pois não quero comer bombom por muito tempo. Preciso perder peso. Quem me deu foi uma grande amiga. Me deu de presente de aniversário. Estava cheia de um doce de leite muito gostoso, embrulhado em papel selofone.

Há além disso um presépio bem pequeno que minha filha trouxe de lembrança de uma viagem em Maceió. E na ponta do móvel há uma tigela de cerâmica que comprei na Ilha do Marajó.

Enquanto escrevo no meu computador fico vendo as lembranças: uma estrela de louça com Nossa Senhora de Fátima com os dizeres: Em Fátima rezei por ti. Minha filha trouxe Portugal. Há também uma imagem de barro de São Francisco de Assis. Eu a comprei às margens do Velho Chico em Maceió, um porta- retrato comprado em Canoa Quebrada. Nesse porta- retrato está minha cunhada e eu, numa jangada. Não gostei de andar de jangada, pois fiquei com pena das pessoas que a empurravam. Há também um cinzeiro que minha filha trouxe de lembrança de Veneza. Penso que vocês que estão lendo essa crônica também guardam muitas lembranças.