Apelido e lembranças

O nome não sei, só o apelido... passou pela vida como o jato riscando o firmamento, mas das mãos e do sabor do beijo, como não lembrar? Era dezembro, próximo às festividades de Natal, época em que os corações ficam mais amorosos, propícios aos afagos e presentes.

Apareceu assim, tomou conta dos pensamentos, consumindo toda a energia carregada durante anos.

Com meias palavras fazia o corpo arrepiar, sussurrava e ao mesmo tempo tateando a cintura me levantava ao ar... rodopiando via a cor do mar, mesmo em solo firme. As flores destilavam perfume inebriante que enchiam a minha vida de esperança.

Mas...partiu como os pássaros que voam migrando em busca de boas condições para reproduzirem.

Voou de minha vida, mas as lembranças me trazem de volta um momento que não sinto vontade de esquecer.

Elaine Poeta
Enviado por Elaine Poeta em 03/06/2016
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