São irmãos? São muito parecidos, disse um dos fotógrafos do evento mirando sua lente em nossa direção. 
Conversávamos aguardando os demais participantes do Congresso e, ao ouvi-lo,  sorrimos para o clic da foto e, ao mesmo tempo, da pergunta lisonjeira.
Isso foi uma massagem e tanto ao ego. A diferença de idade é de exatos 25 anos entre meu primogênito e eu.

Dois anos mais tarde, ao chegarmos sozinhos em um hotel em São Paulo, o recepcionista fazendo a ficha perguntou-lhe: - qual o nome de sua esposa?            
Novamente o riso e uma pontinha do ego envaidecido se colocaram à mostra.

Educação, lisonja ou gentileza, não importa. Passada a brincadeira e a alegria do ego nas alturas fiquei pensando: - por que é tão estranho para as pessoas conceber a ideia de mãe e filho juntos em um passeio de férias? Será que isso são valores que "saíram de moda"? Não se usa mais?

Fiquei pensando o que pode passar na cabeça das pessoas. De duas uma: ou imaginam ser uma "coroa pobretona" se divertindo com um playboy cheio de dinheiro (ou mesmo um garoto de programa), ou então um garotão se aproveitando de uma "coroa" idiota com dinheiro (levo tinta nas duas).

Especulações, preconceitos e pré-conceitos à parte, fato é que cresceu aquele que um dia carreguei no colo e que somos, antes de tudo, juntamente com seu irmão, amigos e cúmplices de grandes risadas e de inesquecíveis momentos.


 

 
Em tempo: Por motivos de segurança nacional retirei a foto que ilustrava essa postagem.
Suzana França
Enviado por Suzana França em 05/06/2016
Reeditado em 27/06/2016
Código do texto: T5657668
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