A marcante derrota para o Peru

12 de julho de 2016, dia dos namorados, foi um dia marcante para o futebol brasileiro, em que nossa seleção foi eliminada da Copa América Centenário, na fase de grupos, ao perder para o Peru por 1 a 0. Desclassificação precoce que não acontecia desde 1987, quando o Brasil perdeu para o Chile por 4 a 0.

Nossa seleção precisava do empate para se classificar. A seleção peruana treinada pelo argentino Ricardo Gareca entrou em campo retrancada e com intuito de explorar o contra-ataque. O jogo caminhava para o empate, mas aos 29 minutos do segundo tempo, Polo avançou pela direita e cruzou na área para o atacante Raul Ruidiaz, que na meia altura e disfarçadamente usou a mão direita para arremessar a bola para fundo das redes, conforme imagens. Os jogadores brasileiros pediram a anulação do gol. O juiz após interromper jogo por alguns minutos para consultar seus auxiliares, validou o gol.

Depois desse impasse o jogo se iniciou faltando 15 minutos para o término. O Brasil embora tendo o domínio do jogo não conseguiu o empate. O ataque não funcionou. E o técnico Dunga fez uma substituição, tirou o atacante Gabi Gol e colocou Hulk, sem resultado. Não fez as outras duas substituições que tinha direito com receio de o time piorar.

Na minha opinião, o Brasil precisa evoluir taticamente, ter várias formas de jogar, ter um plano B, e jogadores de diferentes estilos para as mesmas posições. Creio também que precisamos de dois bons volantes, um armador e outro de contenção, de um meia-atacante centralizado e um centroavante rápido e decisivo. Na verdade, o time está desfalcado de jogadores excepcionais.

O Brasil perdeu, mas não é o fim do mundo! Não se pode colocar a culpa só no técnico Dunga. Porque a nossa seleção está passando por uma reformulação e por isso precisa de tempo para a adaptação dos novos jogadores. Agora não pode é ficar mudando o time a cada jogo; é preciso ter um time base. Perder também faz parte do jogo. Temos que aprender com as derrotas. Creio que não é hora de mudarmos a comissão técnica. Passamos por isso em 2013 com a saída de Mano Menezes e convocação de Luiz Felipe Scolari, e não deu certo.

Quanto aos erros de juízes e de seus auxiliares, creio que já é hora de utilizarem imagens de vídeos, assim como acontece em outros esportes. Os erros em sua maioria são pela falta de um ângulo maior ou por um ponto cego. Gol de mão ou quando a bola não atravessa a linha do gol não pode acontecer. São erros que causam injustiça, pois nem sempre o melhor vence, e o juiz é quem decide o jogo. E que só faz aumentar a polêmica.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 13/06/2016
Reeditado em 13/06/2016
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