Mensagens que edificam - 211

O samba de uma nota só... Um infeliz não conformado com o meu texto por, de certa maneira, ter exposto a futilidade religiosa que ele professa, acusou-me de não saber fazer outra coisa que não apontar as contradições bíblicas. Como um bom bipolar que esta figura é, ficou evidente que ele não lê os meus posts, ou se lê, a dor de cotovelos sobrepuja qualquer outro sentimento. O samba não é de uma nota só, assim como não é também de um único acorde, e nem sempre, ou quase nunca é samba. É kizomba, zouk, pop, rock, techno, dance, etc. O repertório é eclético, assim como o autor não se limita apenas à musicalidade, pois por vezes o silêncio tem o melhor ritmo a ser tocado. Não aquele que apenas os ouvidos ouvem, mas aqueles que aturdinam os olhos e o coração de quem lê. Apesar dos incontáveis poemas românticos, não tenho obrigação de deitar na pauta apenas coisas que emocionem ou façam as pessoas sorrirem. Minha escrita tem a cadência de substratos que por vezes não apetecem a audição e muito menos o olfato, mas se o mundo anda em estado de decomposição, mais fétido que tudo isso só a podridão de quem insiste em fazer de conta que está tudo bem, e com uma patética prática de autosugestão dizer sempre que tudo está às mil maravilhas. Minha letra e o meu enredo irão sempre pontuar verdades e ponderações que possam despertar até ódio, em vez de amor, mas com licença e por favor, jamais me cobrem uma maquiagem sem expressividade nenhuma. Sou mais uma cara lavada e, se necessário for, um corpo desnudo do que uma fantasia que para nada serve, senão para inutilmente tentar ocultar aquilo que já não dá mais para esconder.