Pomada Japonesa

Era no tempo do ronca, sou desse tempo, quando o sexo era tabu, ou seja, apesar de estar presente nas mentes e no resto do corpo, a hipocrisia proibia que se falasse livremente sobre o distinto. Era no tempo que uma freira em Arcovrde dizia às estudantes que a moça que usasse o mesmo sanitário que um homem corria o risco de engravidar. E fazia essa advertência constantemente, até o dia que uma estudante daquelas que não tinhamfreio nas ventas e nem usava barbicacho, perguntou à freira como diabo uma moça podia ficar prenha (a palavra foi essa) sem trepar (usou também a palavrinha) com um macho.Foiumrebuliçoa freira teve um chilique, deram a ela um copo d1água com açúcar e, claro, o colégio quis expulsar a mocinha despachada, mas aí um advogado ameaçou entra com um processo,era parente da "atrevida" e botaram uma pedra em cima, nunca mais a freira fez a famosa advertência.

Naquela época houve um momento que dentre a raqpaziada e todos os homens da cidade eclodiu um frisson danado: a pomada japonesa. diziam que era um preparado milagroso que o homem passando no documento quando fizesse sexo com uma mulher ela enlouquecia de tesão, virava um vilcão, se arriava os quatro pneus pelo homem, fazia coisas que até o diabo duvidava. Ela, a pomada, chegou na cidade trazida por um landro de jogo, trouxe um saco cheio, ainda me lembro era uma latinha vermelha, vendeeu mais que banana na feira,e o mçlandro trazendo sacos e mais sacos. Detalhe: as moças souberam e ficaram curiosas, mas apenas invejando as mulheres que estavam pegando fogo quando transavam com homens que usavam a pomada. As mulheres casadas austeras e até as beatas instavam os maridos a comprarem o produto milagroso, embora fizessem isso por debaixo dos panos. O que eu sei é houve um boom da pomada e todfomundo se dizia satisfeito,as comadres rosadas cochivam alegres, os maridos até reduziram as idas ao cabaré. Mas aí...

Aí quebrou-se o encanto, um sujeito cortou o barato dos usuários da pomeada japonesa, ese cara era professorde química ou ciências, entendia paca do assunto,então analisou uma latinha da pomada e revelou numa reunião do clube e no colégio que a pomada era apenas uma vasselina, não surtia nenhum efeito, era vigarismo, se alguns estavam contando vantagens era auto-sugestão porque vasselina só fazia lubrificar, nada mais. Foi uma frustração danada, dos homens e das mulheres. Um cara que tinha conseguido levantar a moral depois de muito tempo voltou a broxar e ficou puto com o professor, a currioola voltou às putas e o malandro de jogo que vendia a pomada quase arranca os cabelos da cabeça.

Nunca esqueci a pomada japonesa, a latinha era vermelha. Hoje e só lembrança,um anacronismo tempo do Viagra. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/06/2016
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