Rawn!
Ela tinha medo de amar.
Não, não era isso.
Tinha medo de não ser correspondida.
Com o tempo e os calos da vida, aprendeu que é mais difícil chegar ao coração de outrem do que nos fazem pensar os filmes hollywoodianos.
Queria ser a Rose de Jack, a Pocahontas de John Smith, a Hermione Granger do Rony Weasley, todavia, também pensava ser desejada como a Madonna.
Era leoa, mas, também, gatinha.
Um sopro fresco de liberdade na primavera, a mudança de estação, o encontro das águas do rio com o oceano, a fumaça branca do café quente numa manhã fria, pés que se tocam debaixo dos cobertores, cheiro de livro novo e uma dedicatória importante nas páginas amareladas de um exemplar antigo.
Era tudo e era nada.
Era dela e de quem mais soubesse apreciar poesia.