TUDO QUE É APROVA DE MODÉSTIA
TUDO QUE É APROVA DE MODÉSTIA
É a manha do urubu falante
toda vertigem parecida
com algo que pode andar
pode também ser comido
nas aventuras perto da tarde
fim de expediente
não quer dizer fim da existência
por conviniência e com alarde
acoam os cães inconformados
com a liberdade pequena
fitando quem lhe convém
emoldurados na parede
"um quadro de picasso"em qualquer prédio
que tenha letras grandes
como pirilampos brilhando
confusos avisando das damas
por acaso como é mesmo
que chamam
que vem vindo pela calçada
umas de vestido vibrante
colado no rebolado de propósito
outras nem tanto portanto
importa um sorriso de lado
que logo mais a frente
uma sombra começa surgindo
perto delas
entre elas ele prefere sempre
ficar mesmo pelo meio
duas caras tranquilas
aguardando de certo em seguida
ao encontro procurado
uma curtida dos teus embalos
de papos trampolim de macho
endurecido que nada contém
troça porque enrosca suas garras
no galenteio sobre os ombros apertando
dispondo emissões de ondas
sem aviso
o não procede da gargalhada
ouvida kilometros à frente
quer de verdade se enfeitar
pra voltar como pintura nova
"tudo que é aprova de modéstia
desnuda na pele o que sente por dentro"
logo o epicentro nervoso surge
entre os outros no palco
a gargalhada grasna inquieta
corvos sentinelas do fato
olham a estúpida forma de um teatro
de poucos sentidos parados
em pé...
BIG BILL BRONZY - My big money