Cenários findos de Guimarães

Que saudade da verdadeira tristeza,

No cotidiano atual, as únicas que podemos sentir

são as enclausuradas...

Os relatos são quase sempre os mesmos

Metrô, chuva e trânsito...

Mas a que estou com vontade mesmo,

é aquela tristeza do sertão...

Que delicia é sentar em beira d'árvore, sol ou chuva

e um galhinho sempre a mastigar...

Muitas das vezes tem aquele lago quase extinto na fonte,

Bom mesmo é o compadre que passa e diz:

- dia!

Gostoso é até as mortes, aquelas de verdadeira paixão, sabe?

Lembro de uma moça de 19 anos que casar-se não quis e fugiu,

Ela por piedade do pretendente vive, mas sem marido, que mortos somam três...

Ai dó deles.

Mas tristeza mesmo é essa de escrever no trânsito, num ônibus,

sem mais nada de bonito, aonde o Capital brilha...

Mas hei de um dia escrever aquelas histórias...

Sejam causos ou pra mor de juras pela finada beata

Mas sejam assim, uma pontinha de unha do pé com bicho de pé, longe assim, da altura do mestre Guimarães Rosa.