O que me inspira

Movida por sentimentos, sejam eles bons ou ruins. Cada frustração, ao papel abro o coração. Cada alegria de caneta na mão, faço poesia. De coração partido o diário vira amigo, e nele confesso por meio de versos ou parágrafos o que me deixa em pedaços.

Desabafo, tudo aquilo que devia ter falado, mas que ficou entalado e não quis descer, preciso escrever.

Não cito nomes, datas ou eventos, estes merecem permanecer em anonimo, usados apenas como inspiração e motivação pra mostrar que até uma decepção tem lá suas vantagens, pode não ser de imediato a cicatrização ou aceitação dos fatos, mas depois de mais um paragrafo o coração esquece os maus tratos.

No papel as lagrimas pingam em forma de letras, a angustia acumulada formam se palavras e se organizam em frases, assim tudo o que sinto se transforma, toma forma, de verso, conto ou prosa.

Quando escrevo o ultimo paragrafo o que me era um fardo, não me causa mais estrago. Muito pelo contrario, a sensação é de alivio, pois tudo aquilo não é mais só meu. Com as palavras certas coisas feias se tornam belas, a agonia se transforma em alegria, o que era amargo fica doce, o que era doce mais doce ainda, e, no papel se eterniza a cada paragrafo em cada linha...

Ludmila Batista
Enviado por Ludmila Batista em 13/07/2016
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