Uma transa com as palavras
Assim como o poder das palavras quem as cultiva e as escreve nunca será apagado.
“Caneta de ouro”, ferramenta nobre. Dou minha mão à palmatória, é hoje que a minha caneta consagra a sua vitória. Minha cama é a
natureza e assim de letra em letra minha caneta me leva pelo mundo afora. Caminhando passo a passo minha caneta me eleva ao
espaço, pois elas, as páginas em branco me levaram aos tribunais e as belezas raras, agora tudo pertence ao papai. Agarrei-me as raízes em
tudo que faço, pois minha caneta nunca comprou cipó por laço. Fiz minha parte para te beijar, primeiro um longo abraço.
Garimpando nesta lavra um filão de ouro, minha caneta viaja nestes rios das palavras vindouras, pois as páginas em branco passaram a ser
minha casa. E assim fingindo de louco me distancio um pouco de minhas loucuras. Então! Palavras é a negação da morte?