PALAVRÃO OLÍMPICO.

O palavrão.

Leonor dos Santos Rodrigues Bourbon, estava com setenta anos, mas lógico que não aparentava, era uma esguia professora de balé petropolitana, ela gostava muito de sua cidade natal. Toda sexta-feira ela levantava bem cedo, para comprar leite e pão numa padaria vizinha a sua casa que fica situada perto do centro.

Como de costume no dia 29 de julho de 2016, ela fez o mesmo ritual, levantou-se foi em direção a padaria, e quando estava quase chegando ao seu destino: Pumba!!!! caiu, não sabe como? mas caiu, bateu o nariz no chão, e quando isso se deu, ela exclamou: "Olimpíada", e de novo "Olimpíada"..tentou se levantar, porém não conseguiu, aí uma moça de óculos que ia passando acorreu para ajudar a senhora bailarina, que continuava a proferir aqueles palavrões: OLIMPÍADAS! OLIMPÍADAS!, ai a moça a auxiliou a levantar, e perguntou como a senhora caiu? e muito impactada com a queda Leonor respondeu: Olha só para esta calçada,toda esburacada, sem reparo, foi isso que me quedou querida, por isso estou dizendo tantos palavrões: OLIMPÍADA! OLIMPÍADA!...Nossa minha cara, retrucou a moça de óculos, eu tenho motivos de sobra para dizer estes palavrões também, sou professora do Estado, e fiquei cega de um olho porque atiraram gás de pimenta há dois meses no palácio do governo em mim, e isso por que reivindiquei, meu direito sagrado de aumento que não ocorre há mais de dois anos (ganho 800,00 por mês, para ministrar aulas de geografia) só porque eu não recebo meu salário há dois meses...fiz greve, e fui agredida...portanto em coro diremos: PALAVRÕES: OLIMPÍADAS! OLIMPÍADAS!!!!!!!!!!

VAL Valéria Guerra Reiter II

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 29/07/2016
Código do texto: T5712745
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