OS ASPECTOS DA VIOLÊNCIA

OS ASPECTOS DA VIOLÊNCIA

A indignação populacional pelos índices da violência que fatigam a sociedade brasileira leva os homens de boa vontade, a procurar por um vetor saneador, com intuito de curar a obsessão que assedia a população roubando-lhe a tranquilidade benfazeja e acalentadora. Muita gente procura por todos os meios, se inteirar das causas e fatos, que geram a violência e a força motriz impulsionadora dessa força negativa, bem como, os fatos inerentes ao desencadeamento dessa perturbação social, que tantos males causam aos habitantes do orbe terrestre.

Não seria difícil sinonimizar violência! Os estudiosos, os que lidam no dia-a-dia, com essa distorção afirmam ser: a qualidade de ser violento, um ato violento, ato de violentar, mas juridicamente falando o significado toma uma conotação mais viril, o constrangimento físico ou moral; o uso da força e a coação. Temos que buscar soluções para essa parafernália, essa má índole do ser humano que descaracteriza o amor e a paz. Os respaldos positivos poderiam nortear os ensinamentos sagrados repassados por nossos pais e mestres, a doutrinação das religiões, desde que nos reservássemos da ambiguidade praticada por alguns setores dessas enunciações.

A educação sempre foi e continuará sendo um elo forte, intransponível e suas forças fluídicas imantarão as sementes da violência desnorteadora, perversa e causadora do mal. A paz e a educação através delas, conclamam as consciências de todos, aos estudantes da vida para se inteirarem dos benefícios da não violência ativa, e tomarmos ciência das ações pedagógicas, praticáveis, que posam aniquilar o mal em suas nascentes. Uma vacina eficaz, um comportamento digno, uma ação de paz, um norteamento do bem direcionado, uma lavagem cerebral, extirpando o mal e o soerguendo o bem.

O que seria a paz? Palavra com derivação latina pace, tem como parâmetros a ausência de lutas, violências ou perturbações sociais; tranquilidade pública; concórdia, harmonia, ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento; entendimento, harmonia, ausência de conflitos íntimos; tranquilidade de alma; sossego. Situação de um país que não está em guerra com outro, restabelecimento de relações amigáveis entre países beligerantes; cessação de hostilidades, tratado de paz, ausência de agitação ou ruído; repouso, silêncio, sossego.

Se colocássemos em situação pluralista (pazes, pás, pá), passaria a outras qualificações com elocuções mais amplas, e até, com explicitações quase lúdicas. Paz podre é sossego profundo; fazer as pazes é reconciliar-se, jogar à paz é jogar bastante a fim de saldar as contas com o parceiro, ser de boa paz é ter índole pacífica. A educação é para vida, não para mera subsistência (Sathya Sai Baba). As guerras nascem no espírito dos homens, e é nele, primeiramente que devem ser erguidas as defesas da paz. (Frederico Mayor).

O mundo paga um preço muito alto pela ausência da paz. A vida neste orbe dista de nós cerca de dois milhões de anos e de lá para cá, não tivemos a paz necessária para a nossa evolução e tranquilidade. A mídia que desenvolve um papel preponderante na divulgação dos fatos, sejam positivos ou negativos, se existisse há mais tempo, ou seja, tivesse surgido logo após a consciência humana ter afluído ficaríamos na dúvida: a violência era mais forte e influente em épocas passadas?

Ou hoje a violência tem outras causas? Homens brilhantes habitaram a Terra e sempre procuram implantar a paz dando certa tranquilidade a sociedade humana, enquanto, outros usando dá má índole e da perversidade transformaram o orbe num holocausto. Se fôssemos analisar de per si a Bíblia (Escrituras Sagradas) para a maioria das religiões cristãs, ela está infestada de violência tendo como semente dessa ação perniciosa, o orgulho e a inveja. Insere o primeiro homicídio ocorrido, quando um irmão mata o outro para “agradar” a Deus.

E de lá até cá, a situação perdura continuando violenta e hostil. Se o homem nasceu simples e “ignorante”, e ainda mais imperfeito, ficamos até entristecidos quando denotamos que o presente dado por Deus a essa criatura; o livre arbítrio, a inteligência e o instinto, não tenha o Pai Maior, se enganado! Ou deixou ao bel prazer da racionalidade humana a decisão final? Se Jesus veio a Terra para pregar a Paz, o bem e morrer por nós como muitos afirmam, por que teria Ele sido barbaramente assassinado?

São essas nuanças que nos faz transpirar dúvidas e quando chegaremos a um denominador comum? Se estivermos num planeta de “Provas e Expiações”, as Leis de Causa e Efeito e Ação e Reação estão servindo para quê? As desavenças humanas continuam, as transformações no mundo educacional do homem se faz através de guerras e genocídios (Crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus; causar-lhes grave lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de destruí-lo fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas que visem a evitar nascimentos no seio do grupo; realizar a transferência forçada de crianças dum grupo para outro).

A religião na antiguidade tinha como ponto forte a violência, hoje se torna forte através da lavagem cerebral para acumular riquezas, e essa ação não deixa de ser violência. Os recém-nascidos já veem ao mundo sobre o domínio da discórdia, da insatisfação e da hostilidade. Então, o que fazer? Pazear seria uma solução? Idade penal seria outra solução? A educação do homem pelo homem amenizaria a violência? A pena de morte diminuiria a violência? São perguntas que merecem respostas inteligentes. Por que os grandes líderes que estiveram na Terra não aniquilaram com ela? Na verdade foram dizimados. Seria uma tarefa fácil educar o homem, mudar seu comportamento, sua cultura com o que temos hoje?

Muitos afirmam que Jesus voltará e que Deus virá julgar os vivos e os mortos. Fica uma indagação: “Se Jesus voltar será capaz que liquidar com a violência’? Pelo que se lê nos livros religiosos, não”. Existe outra afirmação: “Deus virá julgar os vivos e os mortos”! Os mortos para Deus são justamente aqueles que praticam a violência em beneficio próprio ou não, os que não praticam a caridade, a fraternidade e ainda se incluem nesse rol os que não cumprem suas leis, “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

Se cada irmão amasse seu irmão, a palavra violência seria eliminada do vocabulário humano com certeza, mas fica restrita ao “livre-arbítrio”, que pela ingenuidade humana, o ser pende sempre para o mal com intenção da locupletação, do proveito próprio, da vingança, do egoísmo, da vaidade e da luxúria. Enquanto há vida a esperanças, mas se o amor não formar um elo com o perdão o mundo permanecerá como está entregue a violência, a discórdia e aos maus instintos.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E ACADÊMICO DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 01/08/2016
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