OLÍMPIADAS OU OLÍM(PIADAS)

Vivemos muitas emoções com as Olímpiadas Rio 2016, que termina domingo, 21 de agosto. Maior evento esportivo do mundo, que remonta à antiga Grécia. A festa dos deuses passou a ser escárnio por parte de celebridades da natação dos Estados Unidos que destilaram seus preconceitos primeiro-mundistas contra nossa República Tropical, já massacrada por um iminente golpe parlamentar capitaneado por Michel Temer, que virou de vice-presidente para presidente em exercício.

As Olímpiadas começaram mal. Michel Temer foi vaiado na abertura dos jogos. Houve problemas nos apartamentos para receber as delegações estrangeiras. E até ameaça terrorista à brasileira, isto é, foram exageradamente punidos uma dúzia de apologistas do Estado Islâmico.

Como era esperado, atletas dos Estados Unidos, Inglaterra e China lideraram a conquista de medalhas de ouro, prata e bronze, nós, os anfitriões das Olimpíadas temos que nos consolar com a lanterninha nas diversas modalidades desportivas. O narrador Galvão Bueno disputou as antipatias dos colegas estrangeiros.

Eu acompanhei à distância e sem muito interesse as belíssimas imagens das competições. Até já estou um pouco saturado de Olímpiadas. É que sou um alienado, que não gosta de futebol desde menino, quando dono de uma bola que ganhei de presente dos meus pais cai na besteira de botá-la numa pelada de moleques. No meio do jogo virei saco de pancadas e, ali mesmo, desisti do futebol. Gostei mesmo foi de bicicleta e fui um ciclista talentoso até ser amputado da perna esquerda, há dez anos passados.

De qualquer maneira somos um povo hospitaleiro, bom e cordial, mas a imagem do Brasil, lá fora, é ruim. O Rio de Janeiro não continua lindo como nos meus tempos de nordestino que foi tomar um banho de civilização aos pés do Cristo Redentor, o símbolo maior de que nos orgulhamos perante o mundo. É verdade que não podemos nos orgulhar da violência urbana e das favelas da Cidade Maravilhosa. O crime organizado protagoniza uma página triste, trágica e sanguinária que nós coloca em situação de estado de guerra. Perversas elites brasileiras que produziram as injustiças sociais e, agora, como construir uma sociedade onde a paz predomine sobre a violência?

samuel filho
Enviado por samuel filho em 19/08/2016
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