'FELICIDADE OU MORTE': EIS O DILEMA DO HOMEM

Comentários ao livro de Clóvis Barros Filho e Leandro Karnal

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Há um pensamento humano que confunde a FELICIDADE com o sucesso financeiro. A maioria das pessoas crê que para alcançar a FELICIDADE, tem que buscar, ganhar muito dinheiro, tornar-se abastado, enriquecer. Conseguindo tal proeza, o homem pode tudo.

Constrói seu Império, consegue mandar e comandar um número elevado de pessoas, serviçais, agregados, parentes e amigos.

Seria esse o caminho da FELICIDADE?

Para os pensadores, a resposta é ambígua, mas com real tendência negativa. Para os filósofos, a FELICIDADE não se mede pela situação financeira exuberante de alguém ou mesmo pelas minas de ouro que possua. Há um pensamento que vai se arraigando cada vez mais, de que a busca da FELICIDADE é constante e que sua conquista nunca é perene, mas passageira. Com ou sem dinheiro. Aliás, há quem diga ter encontrado pessoas felizes que vivem em locais ermos, despossuídos de bens materiais, outras que garantem ter conhecido pessoas felizes, vivendo em estado de pobreza material. Tais teses desmontam a constante busca do homem pela FELICIDADE, a qualquer cu$to!

No livro ‘FELICIDADE OU MORTE’, muito bem elaborado pelos pensadores Clóvis Barros Fº e Leandro Karnal, os autores emitem suas posições filosóficas sobre a FELICIDADE que são claras, insofismáveis. Enquanto Clóvis Barros Filho afirma que “a felicidade... é muito mais conhecida pela sua ausência do que pela sua presença, e por essa razão, é muito comum na história do pensamento que se fale em busca da felicidade. Segundo Clóvis, havendo busca, é porque ainda não está; permanecendo a busca, é porque ela continua não estando; consagrando-se a busca, é porque, talvez, ela não apareça nunca”. Mais adiante ele afirma: “ ...a felicidade normalmente é associada a um momento da vida que dura certo tempo, porém, ao longo desse período, há um apogeu de qualidade e, consequentemente, certa intensidade.”

Leandro Karnal disseca a opinião de filósofos de várias épocas, desde o início do mundo; diante dos estudos que faz: “ ... até nos chamados “paraísos” os deuses, os semideuses, as almas famintas, os animais, os demônios, todos têm anseios. E por isso são infelizes.” Mais adiante Karnal afirma: “ Provavelmente, nunca tivemos tantas condições de liberdade e, geralmente, em alguns casos, materiais para a felicidade. Nunca discutimos tanto por que as pessoas são infelizes, ou tão depressivas, ou por que tomam tantos antidepressivos, ou por que têm tanta dificuldade de, simplesmente, dormir”.

O livro é recheado de citações e tem ampla bibliografia, apesar das suas 81 páginas corridas de texto, sem ilustrações.

OS AUTORES

Clóvis de Barros Filho é acadêmico e professor, palestrante muito conhecido em todo o país.

Leandro Karnal é historiador, palestrante e uma das figuras mais requisitadas nos meios intelectuais.

O livro é como uma troca de figurinha entre dois intelectuais que discutem um tema de alta relevância: a felicidade, bem que representa a grande busca de todos os seres humanos. Por isso e pelo seu exemplar conteúdo merece a atenção dos leitores.

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 26/08/2016
Código do texto: T5740470
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