Poesia Cronometrada
 
Ligo o fogão.
Ponho a água para ferver.
Separo a xícara.
Tudo como um relógio.
 
Tiro o sachê de chá.
Vou ao banheiro.
Faço a higiene pessoal.
Tudo como um relógio.
 
Programável,
ligo o computador.
Digito a senha.
Tudo como um relógio.
 
Acrescento adoçante.
Despejo a fervura
na xícara e acrescento
do chá o sachê.
Aguardo amornar.
 
Automaticamente.
 
Espero. Anseio. Desligo.
 

Eu sou o relógio.



 
Leonardo Lisbôa.
Barbacena, 17/10/2014
 
Poema para Ange
                       de Lo.
   
 
 

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Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 26/08/2016
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