“Sei perfeitamente a forma pela qual o senhor se conduz”

Hoje amanheci um pouco mais leve. Confesso que passei o dia de ontem prostrado defronte a televisão assistindo a mais um capítulo vergonhoso da nossa história politica. Infelizmente essas coisas ainda acontecem no nosso país com uma certa frequência. Ontem foi o Collor, hoje será a Dilma, amanhã certamente seremos nós... eu e você.

O que me dói na alma não é o fato de que vão tirar a presidente por bem ou por mal. Este viés já estava gravado nos anais da história. O que me fere de verdade, o que me sangra de morte, o que me rasga as veias são as traições veladas, covardes e rudes. A de Cunha até posso entender, consigo digeri-la com uma certa facilidade. A de Temer é de matar o bicho da goiaba. Todavia, apesar de estar atravessada em minha garganta ainda posso cuspi-la.

A cretinice vai além de minha vã imaginação. Nada, absolutamente nada me doeu tanto quanto a fala do senador José Aníbal. Ele não teve sequer, coragem suficiente para olhar nos olhos de sua opositora, limitou-se a ler mal e porcamente, o que o seu paladino de merda lhe transmitiu.

Coitado! Ser suplente do Serra deve ser pior do que ser um serrote. Para ter seus cinco minutos de fama, jogou no lixo 50 anos de amizade: isto é que é viver ao lado do inimigo.

“Amanhã há de ser outro dia/eu pergunto a você/onde vai se esconder” senhor José Aníbal? Espero que não seja na Casa da Dinda.

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 30/08/2016
Reeditado em 02/10/2017
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