A mulher não é sexo frágil

No livro de Gênesis, capítulo 2, do Antigo Testamento, está escrito que Deus fez o primeiro homem do pó da terra e que retirou uma costela do mesmo para fazer a primeira mulher. Foram lhes dados os nomes de Adão e Eva; e viviam no Jardim do Éden, eram como animais irracionais, não conheciam o pecado, e andavam nus sem nenhuma malícia.

No meio do Jardim do Éden havia uma árvore em que não se podia comer do seu fruto, por ser a fonte do conhecimento do bem e do mal. Mas a serpente astuta seduziu Eva a comer do fruto com a seguinte promessa: “Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, os vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. E Eva seduziu Adão a comer do referido fruto. Pela desobediência e por não ter acesso à árvore da vida e ter a vida eterna, o casal foi expulso do Jardim do Éden.

O Antigo Testamento é um conjunto de livros religiosos originalmente escritos em hebraico e aramaico. A Bíblia hebraica Tanakh usada pelo Judaísmo os divide em 24 livros, a Bíblia cristã em 46 e a Bíblia Protestante em 39. Tanakh é um acrónimo de Torá (pentateuco, do grego), que são os primeiros 5 livros da Lei escritos por Moisés. A religião judaica não reconhece o Novo Testamento, e nem Jesus Cristo como Filho de Deus e Salvador da humanidade.

Os livros do AT foram escritos em pergaminhos e papiros, e reescritos devido a deteriorações dos mesmos, mas não há registro histórico nem arqueológico de nenhum autor. O Judaísmo é uma religião monoteísta fundada por Abraão, e é a base do Cristianismo e Islamismo. Uma religião qualquer é um conjunto de histórias místicas, doutrinas, filosóficas, poesias, músicas e dogmas com objetivo de se formar uma grande sociedade. Toda religião é um mistério, uma religação com divindades e entidades espirituais. A religião correta é a que prega a salvação da alma e o amor entre as pessoas.

Conforme o AT Eva se sucumbiu ao mal e seduziu o seu marido, por isto ser o sexo frágil e enganador. Excluindo o pecado original, a mulher é considerada o sexo frágil por ser menos resistente física e mentalmente. O sentimentalismo e romantismo da mulher não são sinônimos de fragilidade, mas de encantamento. A fragilidade da mulher é cultural devido a sua função de gerar filhos e ser a rainha do lar. A força física não é a base da vitória, mas a habilidade e astúcia sim. A sabedoria e inteligência não têm sexo, são resultados de muito estudo e experiência de vida. O que ainda existe é o sentimento machista que discrimina as mulheres. Destarte, entendo que a mulher não é sexo frágil, porque assim como o homem pode ter um coração bom ou ruim.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 12/09/2016
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