Razão e liberdade
 
Se há uma razão para vivermos, há também uma razão para sermos envolvidos num contexto social que nos conclama a sermos participantes no mundo das criaturas racionais; a contribuir cada um para a fusão do amor, da paz e da harmonia no meio da história humana, através dos carismas e dons com que fomos agraciados pelo poder do Espírito Santo de Deus e através dos canais propiciadores.  Cada ser na terra traz a sua missão participativa e profética. As flores agradam aos olhos e perfumam os ambientes; os frutos dão o sabor e o alimento que se transforma em vida; as árvores, os vegetais com infinitas utilidades, entre estas, a de purificar o ar que respiramos; as águas são fonte de vida para tudo e todos; a s aves, os animais, cada um com a sua utilidade sempre em benefício do ser humano, ou seja, o “Homo Sapiens”. O Homem, por sua vez, deve tomar o seu lugar de Rei da criação, pelo fato de ter sido feito a imagem e semelhança do Supremo Criador, Rei do universo, resgatado pelo sangue de Cristo, dotado de inteligência e raciocínio. E nesta posição cabe-lhe o dever de assumir a responsabilidade de manter e conservar na ordem, as coisas que, para seu próprio bem, foram criadas. Há, sem dúvidas, uma beleza admirável no mundo. Um espetáculo gratuito a ser contemplado e admirado a cada instante: evoluções, o ritual de morte e vida nas transformações biológicas e culturais, um infinito grávido de astros, mundos insondáveis a desafiar a nossa imaginação ante nossos limitados olhos.  Tudo isso num ritual perfeito de translações e rotações em sã harmonia com todo o universo. São maravilhas a serem contempladas e meditadas pelo ser humano no palco da vida para que a sua ação seja e esteja a serviço desta mesma vida, e assim o homem sociável e racional poderá sentir-se liberto para usufruir dos bens que a natureza oferece no ar, no mar e na terra. Não somente dos bens materiais, mas também espirituais para o equilíbrio do ser total, Homem todo, corpo e alma.   Sempre fui levada a questionar sobre o sentido de nossa existência. Por que nascemos? Por que vivemos? Quem somos? Para onde iremos?  Nossos questionamentos acabam, pelo menos, em algumas conclusões  Pela liberdade que nos foi concedida, podemos optar, opinar, escolher e agir segundo a razão que temos, dentro do raciocínio lógico que fazemos sobre o que nos cerca.  Assim, Deus fez do homem um ser sociável que dever á se complementar em harmonia com este universo e, em especial, com seu semelhante, até mesmo para assegurar a perpetuação da espécie.       
Ninguém poderá viver sozinho, isoladamente; um tem necessidade do outro, como membros que formam um só corpo e cuja cabeça é Deus. E para confirmar a necessidade imutável dessa associação intercambial de complementações entre os seres, até o próprio Deus quis ser Trino na sua posição de criador do universo.  Nada pode existir pela sua autossuficiência. A semente precisa da terra para germinar, precisa de luz para se desenvolver e assim as novas sementes, rotativa e sucessivamente, devem morrer para que nasçam novas plantas.  Animais depredam animais para garantia da sobrevivência e para o equilíbrio biológico.
Assim, todo o universo gira em harmonia, guiado pela lei da natureza. Nada pode se desviar desta lei sem que cause catástrofes, desarmonia, desequilíbrios ecológicos e fisiológicos.  Podemos notar objetiva e concretamente que tudo foi feito no sentido de beneficiar o ser humano, mas este só será beneficiado quando tiver consciência dos seus  objetivos, colocando-se inteiramente a serviço da vida. Diante disso, é mister que o homem se coloque como rei que serve e ao mesmo tempo reconhece a sua pequenez diante da grandiosidade do Deus Criador. Muitos, porém, tornam-se materialistas e rudes, voltados para si mesmos e se escravizam com facilidade e finalidades fúteis, tais como a busca de excesso de lucros materiais, perdendo a sensibilidade perante a vi da, fazendo de seu ser um objeto dominado pelo egocentrismo e pela ganância se distanciando do verdadeiro sentido da vida.  Muitos deixam de conviver com a beleza do universo e definham fechados em si mesmos. No entanto, não se pode generalizar, pois muitos sabem refletir e tomam posições de defensores  da vida.
Juraci da S Martins
Enviado por Juraci da S Martins em 16/09/2016
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T5763190
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