UM DOS TEUS INSULTOS
UM DOS TEUS INSULTOS
É tristemente aguardado a tempestade
o volume da águas nadam limpas
de lágrimas intocadas até agora
descendo puramente por que eu quero
não te espero nunca mais
perco um sorriso de abraço
daquelas amigas companheiras
que a desforra do devaneio de sentar
na frente sobre a varanda
antes que alguém chegue pra ver-me
expulsas ainda que docemente
num franco reinado egoísta
eu até tinha uma lista de coisas
pra buscar caso do valor que tenho
por quem vem me dar mais amor
do que mais amor de pele simples
algumas frutas algumas flores cortadas
p'ro vaso delicado da mesa de centro
encontrar velhas conhecidas conversas
uma foto da formatura que desencadeia
um riso molhado de rosto antigo
querendo voltar no tempo
o que eu visito morre de atitude
o que eu precisava não tem mais virtude
não pode nascer sozinha
eu criava similitudes p'ro coral de boas vindas
vejo o caso inteiro esbranquiçado
tornando tudo frívolo
vulgarizado do lado de fora
onde tudo podia ter acontecido
o ciúme é um coringa mortal também tenho
não casamos pra vencermos os outros
nós conquistamos amigos
e agora vejo que tenho teus sonhos
como vida contando minha história
tua glória em fim é fertil
pode adorar teu espelho
fico plenamente a sua frente
mas as coisas continuam estéreis
não precisa roubar
poderíamos na verdade e com ela
ter hoje almoçado com amigos
a mentira é um momento tão sério
respira aliviado no teu bem querer
podia acaso me emprestar um
gole que fosse deste oxigênio caro?
MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - Stormy Weather