UM DOS TEUS INSULTOS

UM DOS TEUS INSULTOS

É tristemente aguardado a tempestade

o volume da águas nadam limpas

de lágrimas intocadas até agora

descendo puramente por que eu quero

não te espero nunca mais

perco um sorriso de abraço

daquelas amigas companheiras

que a desforra do devaneio de sentar

na frente sobre a varanda

antes que alguém chegue pra ver-me

expulsas ainda que docemente

num franco reinado egoísta

eu até tinha uma lista de coisas

pra buscar caso do valor que tenho

por quem vem me dar mais amor

do que mais amor de pele simples

algumas frutas algumas flores cortadas

p'ro vaso delicado da mesa de centro

encontrar velhas conhecidas conversas

uma foto da formatura que desencadeia

um riso molhado de rosto antigo

querendo voltar no tempo

o que eu visito morre de atitude

o que eu precisava não tem mais virtude

não pode nascer sozinha

eu criava similitudes p'ro coral de boas vindas

vejo o caso inteiro esbranquiçado

tornando tudo frívolo

vulgarizado do lado de fora

onde tudo podia ter acontecido

o ciúme é um coringa mortal também tenho

não casamos pra vencermos os outros

nós conquistamos amigos

e agora vejo que tenho teus sonhos

como vida contando minha história

tua glória em fim é fertil

pode adorar teu espelho

fico plenamente a sua frente

mas as coisas continuam estéreis

não precisa roubar

poderíamos na verdade e com ela

ter hoje almoçado com amigos

a mentira é um momento tão sério

respira aliviado no teu bem querer

podia acaso me emprestar um

gole que fosse deste oxigênio caro?

MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - Stormy Weather

João Marcelo Pacheco
Enviado por João Marcelo Pacheco em 07/10/2016
Código do texto: T5783875
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