O QUE ROUGE LÁ DENTRO

O QUE ROUGE LÁ DENTRO

Destinou o perfume inexistente nas prateleiras

nas joalherias as peças decoradas de brilho

as vestes da maquete evidenciando um clima

p'ra por meu respiro selvagem

a serviço da procura de onde vinha

estas pequenas fragrâncias de um aroma puro

quer se entregar de corpo e alma

quer uma calma de paredes cegadas

quer os riscos de alguém beber do

mesmo vinho doce que trazes na boca

me abaixo de deslizo devagar sofrendo

de ansiedade pela vaidade colhendo

estes isultos deixados no chão

nada falado não deixou nada escrito

ando me guiando pelos riscos

que cobrem fachadas de princípios

que surpresa de inicio poder me afogar

no delicado mundo feminino

das pistas que caem sobre os olhos

quer de mim que traga um adaga

e vá subindo devagar sentindo

quando tocar seu corpo desate

mas deixe os saltos nos restos das meias

rasgadas torne os pedaços nos meus braços

qualquer coisa de fetiche que lembra

quando tivemos aquele amasso

de primeira viagem no paço

entre a fonte luminosa do parque

na noite que todos bebiam e havia breus

perfumados nos horizontes do mato

entre as árvores onde eles sonhavam

que mereciam estar livres

quando eu tive meu ataque de fúria

te derrubei nas águas e fomos molhados

rolando feito dois malucos na grama

venha com uma mão junto a lâmina

minha lingua quer sentir o apelo

do inferno querendo explodir

destrua o resto da roupa

não me poupa de gritar

que enfim me rasgue de amores profundos

me mastigue a carne

quero sentir o gosto de ser consumida

quero ver o que tem na alma escondida

me enforque no ultimo espasmo

não seja fraco nada pergunte

sobre o sangue que sobe

morda meu lábios

deixe escorrer entre os beijos

o que rouge lá dentro.

MÚSICA DE LEITURA: Blues Music relaxing romantic - Slow Blues

João Marcelo Pacheco
Enviado por João Marcelo Pacheco em 13/10/2016
Código do texto: T5790147
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