O QUE ROUGE LÁ DENTRO
O QUE ROUGE LÁ DENTRO
Destinou o perfume inexistente nas prateleiras
nas joalherias as peças decoradas de brilho
as vestes da maquete evidenciando um clima
p'ra por meu respiro selvagem
a serviço da procura de onde vinha
estas pequenas fragrâncias de um aroma puro
quer se entregar de corpo e alma
quer uma calma de paredes cegadas
quer os riscos de alguém beber do
mesmo vinho doce que trazes na boca
me abaixo de deslizo devagar sofrendo
de ansiedade pela vaidade colhendo
estes isultos deixados no chão
nada falado não deixou nada escrito
ando me guiando pelos riscos
que cobrem fachadas de princípios
que surpresa de inicio poder me afogar
no delicado mundo feminino
das pistas que caem sobre os olhos
quer de mim que traga um adaga
e vá subindo devagar sentindo
quando tocar seu corpo desate
mas deixe os saltos nos restos das meias
rasgadas torne os pedaços nos meus braços
qualquer coisa de fetiche que lembra
quando tivemos aquele amasso
de primeira viagem no paço
entre a fonte luminosa do parque
na noite que todos bebiam e havia breus
perfumados nos horizontes do mato
entre as árvores onde eles sonhavam
que mereciam estar livres
quando eu tive meu ataque de fúria
te derrubei nas águas e fomos molhados
rolando feito dois malucos na grama
venha com uma mão junto a lâmina
minha lingua quer sentir o apelo
do inferno querendo explodir
destrua o resto da roupa
não me poupa de gritar
que enfim me rasgue de amores profundos
me mastigue a carne
quero sentir o gosto de ser consumida
quero ver o que tem na alma escondida
me enforque no ultimo espasmo
não seja fraco nada pergunte
sobre o sangue que sobe
morda meu lábios
deixe escorrer entre os beijos
o que rouge lá dentro.
MÚSICA DE LEITURA: Blues Music relaxing romantic - Slow Blues