Dylan Is God?

Dylan Is God?

Desde José Saramago em 1999, e contando um vasto histórico de injustiças veladas, o Nobel de Literatura 2016, que este ano agraciou Robert Allen Zimerman, mais conhecido como Bob Dylan, não premiava de forma tão justa!

Para se ter uma base, Jack London, Kafka, Fernando Pessoa, Marcel Proust, Luigi Pirandello, Ítalo Calvino, Umberto Eco, George Orwell e muito menos ‘Heinrich Carl’ Bukowski ganharam!

Tudo bem que tínhamos a indicação atual de Lígia Fagundes Telles (por que não Rubem Fonseca ou Marcelo Rubens Paiva?), mas os grandes do Brasil já não estão entre nós. Machado de Assis, Lima Barreto, João do Rio, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos, João Ubaldo Ribeiro, dentre outros, escrevem suas notas e descansam seus ossos no além-mundo..., e que Deus os tenha, mesmo que em sua maioria foram ateus..., salvo ledo engano e recordando-me do grande Ledo Ivo...

Dizer que por ser músico não deveria ser laureado com o Nobel de Literatura é confusão mental, o mesmo que afirmar que músicos não escrevem. Uns raros fazem mais, escrevem, melodiam e cantam! E Dylan é um deles! Além de músico, místico, mágico e alienígena, é poeta, escritor, compositor, ator e folclórico intérprete do cotidiano. Sensibilidade aguçada, transformou a cultura dos EUA, eclodindo paz e esperança. Críticas sociais contra racismo, guerras e todas as desigualdades sociais, suas letras são poesias recitadas e melodiadas pela alma de um povo e lançadas aos ventos com a força de um furacão.

No Brasil um músico (escritor) mereceria tal consideração, o qual, infelizmente, como os escritores mencionados acima, não mais habita este plano, Raul dos Santos Seixas!, o Raulzito! Qualquer outra menção é desconhecimento de causa!

Nós, brasileiros, ainda não temos nosso representante na maior Academia Literária do Mundo. Talvez daqui alguns anos indiquem Paulo Coelho...

Na América do Sul temos Pablo Neruda, do Chile, e Gabriel Garcia Márquez da Colômbia

Mais interessante ainda seria se Dylan, assim como Sartre, recusasse o prêmio, dando-lhe uma cusparada, aceitando, porém, o valor em dinheiro (Sartre não aceitou nada!) para distribuição entre os carentes do Mundo, que são muitos, e sofrem com suas chagas abertas! SAvok OnAitsirk, 13/10/16 (Sem internet).

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Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 16/10/2016
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