Lá bemol

Eu já disse uma vez, as quintas feiras estão sempre um passo à frente da minha inspiração, e mesmo assim ainda me surpreendo com a velocidade que o tempo tem vindo. Ou ido. Essa coisa de um dia a mais ou um dia a menos sempre vai depender do ponto de vista ou do dia.

Hoje de manhã, recebi uma mensagem falando sobre árvores de natal. Não se faz isso em pleno outubro, e pela manhã. Ontem mesmo fui dormir me perguntando onde eu estava quando 2016 passou. Mas não quero deixar essa crônica cair nas garras dos textos de final de ano.

Eu também deixo claro que sou de carne e osso .... E surtos! Mas nada que me leve a quebrar pratos ou relógios. Se eu não escrever, eu canto. E no dia seguinte a cara amarrada já virou laço. Aprendi com o tempo.

Eu preciso confessar que ainda perco o sono com angustias alheias e com o resto do mundo, e constantemente troco preces que são minhas por urgências de outros. E se conto esse fato com a mesma proporção é por me sentir egoísta ao me incomodar com a troca. Penso que talvez, seja nesse conflito que eu estive o tempo todo: pouco braço para tanto mundo.

Ou como já me disse um Grande Rei, “muito aperto, pouco abraço”.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 20/10/2016
Código do texto: T5797481
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