ONTEM A NOITE POR ESTES DIAS

ONTEM A NOITE POR ESTES DIAS

Nenhuma noite seria preferível

se o sensível doar-se não estivesse

deitado ao meu lado

perguntando quando voou usá-lo

aquele robbie novo transparente

que o charme provoca vertentes

quase moldam um novo rosto

nas suas suas carentes máscaras

onde está teu rosto mentindo

desgosto pra ganhar carências

estás nu de frente ao mesmo

sou tua bi-tridimenssional

caricatura com voz de mulher

escolhe qual loucura se antefaz

ao que você sempre quiz

pra ser feliz pelo que sei sozinho

nenhuma noite seria tão veloz

pra chegar n'outra com vontade

de descobrir-se imaginando como

seria ele amando seu própriio destino

com pele de mares femininos

desenhando figuras temperadas

com algum nome diferente

é verdade nunca é fraco o alarde

de sentir que você tem razões

e todas estas frações unidas

devam coonstruir-me

não precisando de reflexos

nem de complexos e trocas

de identidade nenhuma maldade

dos alheios perdendo seu tempo

com doenças trazidas do tempo

carregadas de noções de graça

que entregam pra não perderem-se

no vazio do próprio corpo

que precisa ser preenchido com

alguma coisa que nunca eles mesmos

Nenhuma noite é tão bela

se não fosse a noite das conhecidas

novelas contando nossas mortes

na rua nas casas das farsas

que amigam pra conhecer-se

como não são e voltar tendo

emoções pela diferença

que adquire que rouba uma vida

para de certo ter sua certeza

aquela certeza inválida

que logo cai na porta da casa

sobre o tapete de entrada

quando o perfume caloroso do tédio

vem abrir cumprimentando

avisando que o remédio que trouxes

dentro apens havia tuas águas

Nenhuma noite é como aquelas

em que dormia sonhando

com amantes e casos pequenos

no escuro canto onde a luz dos

meus olhos era mais forte

meu corpo era o norte inserindo

variações de essências das frequências

que as ações da indecência dita

pelos mundanos e seus planos

de contrair de mim um amor

que flor nascida abrange pétalas

maiores sortidas com risco

então saiam deixando-me ilhada

nas introvertidas nas conhecidas

por não amarem ninguém

somente procuram um momento

em que o sexo é metade de tudo

querem completar seu mundo

Nenhuma noite procura na lua

a claridade mordida de lobo

que ferida de novo vem transmutar-se

retirando minha roupa com

tanta raiva que olhando

e sorrindo de sua plástica

perco a vontade de ser estuprada

por tua fome e me deixo profunda

abrindo um garrafa qualquer

quero que desça macio e inunda

o que for engolir das novidades

mudas já enquadradas em algum

ontem a noite por estes dias...

MÚSICA DE LEITURA: Billie Holiday - We'll be together again

João Marcelo Pacheco
Enviado por João Marcelo Pacheco em 20/10/2016
Código do texto: T5797835
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