AQUELA MEIGA CLARA FINA
AQUELA MEIGA CLARA FINA
Prendia uma respiração afogada
daquelas que vem com a demora
de ver-te em pedaços do pouco tempo
que sobra onde as manobras
destes outros estranhos me avisam
do ciúme pelo teu perfume ser "colmeia"
e eu nada sendo nem tendo o mel
necessário fico no mar salgado
confundindo todo azul refletido
com o branca envidraçado
das minhas lágrimas sinceras
não desespera caindo por pena
são verdadeiras e inteiras águas
profundas da fonte que perde-se
no horizonte qundo insere
tua fotografia viva de mulher
eu colho as sombras dos passos
os outro por perto um deserto
reaparece nos sentidos
não quero nada que é meu
que dediquei meu tempo
querendo ser esse louco
que ficando sonhando ser seu
ser somente de uma vez por todas
deixando as outras como instantes
como na estante expostas ao vento
do teu espírito supremo
que vem matar...que vem matar
p'ra continuar a morrer sendo
nunca cedo nem mesmo é tarde
o quanto de maldade é um amor
assim secreto
eu arrumei as flores mais belas
escrevi junto delas tudo
qu'eu sentia mas havia
nela um perfume mais delicado
é que eu quero pertencer
a este sintoma manipulado
ser uma das formulas do amor
que não tenha símbolos
nem vítimas do egoismo
"de querer te possuir deixando-a sozinha
porque o outro escolheu a flor
entre as cores a mais bonita
pra por num arranjo enfeitando a casa"
moro no afago das coisas do campo
nem tanto que o bem possa fazer
vou amá-la pela alma convencida
de mim desejando que um broto
floresça sorrindo seja ela dormindo
não seja outro sonho mentindo...
MUSICA DE LEUTURA: Eric Clapton - Third degree