Fatiga amorosa
As letras foram escritas mas nada muda o fato.
É seu olhar.
Persigo-o recolhendo o mínimo do seu cheiro.
Tranço-me em seu lábios.
Mas por quê não?
Tudo corre repentinamente.
Os sentidos se extirparam ao vento.
E estou então em seus pés.
- Recorde-me! Recorde-me!
O passado se confunde.
A memória falha.
Um deboche.
- Me desculpe!
Um rochão.
- Não me culpe!
Visto o chão.
Veio o chute.
-Por que não?
...
Cai as lágrimas no quarto em silêncio enquanto se limpa os cacos ainda jogados no chão. Pega-se a garrafa no fundo da geladeira e coloca-a na mesa.
Desce um gole enquanto o sangue ainda não terminou de escorrer.