SÓ IDADE?!!!

 

Como são preciosas as pessoas de idade!
 Por que,então,não lhes dedicar uma amizade pura, sem saudosismos,onde exista um doce e sincero aconchego?Por que,sem pena,abandoná-las, esquecendo que elas também  foram agasalho
? 

Amar o idoso é chamá-lo para fora de sua solidão, compreendendo todas as suas fraquezas. 

Envelhecer pode ser uma glória,mas,antes de tudo,é uma responsabilidade.Então,por que olvidar a sapiência do idoso,rejeitando toda a sua experiência? 

Em busca,talvez,de uma nova alvorada,segue ele a sua jornada,numa viagem estranha,por uma triste estrada Sem nenhuma ilusão,geralmente encontra portas escuras,onde sente apenas desamor,numa visão que o oprime,num total declínio.Já quase sem percepção, na imagem sem brilho de seu espelho mudo,pouco ele vê; mas sente que o inverno chega e não o aconchega.E sem nenhuma esperança, procura uma mudança urgente neste sentimento que o sufoca e o deixa distante da ilusão plena de um resto de felicidade terrena,pois,quase tudo que o cerca é só tristeza. 

No caminho de nossas vidas,é mister parar um pouco para dar as mãos ao idoso que anda ao nosso lado, compartilharmos de suas alegrias e chorarmos junto com suas lágrimas.

 E custa tão pouco esta felicidade! Ela está numa lágrima que se enxuga, num sorriso que se faz despontar quando o consolamos. 

Bom seria que em seu espelho mudo pudesse ele fitar uma imagem que o transportasse a um mundo pleno de fraternidade,pois,o idoso almeja apenas uma vida tranqüila,sem as marcas dolorosas de uma caminhada inglória.

 Algumas vezes,milagrosamente,o idoso encontra uma porta radiosa que lhe mostra criaturas meigas e puras, plenas de um imenso amor,que inundam de calor o seu pobre coração.E ele encontra,afinal,aberta,a porta da fraternidade.

Isto... é SOLIDARIEDADE! 

Por que,então,SÓ LHE DAR IDADE?!   


                     
DIA DOS AVÓS

                           26 de julho 

                                                     (Crônica)


                                                                                                                                                             (Crônica)

Alda Corrêa Mendes Moreira
Enviado por Alda Corrêa Mendes Moreira em 26/07/2007
Reeditado em 06/12/2008
Código do texto: T580819