Mensagens que edificam - 257

"Criações das criaturas"

Ninguém consegue sobreviver num completo vazio. Somos matéria nobre enriquecida de estímulos que atraem a evolução ou a involução da nossa essência. Aguçados pela curiosidade, nos tornamos engrenagens importantes nas descobertas que promovem o desenvolvimento da raça. Mas até que ponto esta sinergia transbordante de eurekas se limita a patamares onde a ética não sufoque possíveis interesses escusos? Em todos os períodos da história temos nota de civilizações que sobrepujadas de vaidade, destacaram seus ícones que se fizeram semi-deuses e até deuses na busca da perpetuação ou da imposição de suas culturas, como se estas fossem as respostas para as indagações mais intrigantes. A nossa origem, a nossa verdade, a realidade que transcende o presente e passeia por um pretérito subjetivo e incerto, mais para o exercício da crença do que para provas científicas. O que é especulação e o que não passa também de exploração da indiscrição inerente aos sequiosos pelo saber, tornou-se alvo de investigações cada vez mais profundas, entretanto sem nenhum consenso de unanimidade. Cada um com a sua conclusão, exposta em papiros, pergaminhos ou estelas, desfeitas pelo tempo e restauradas sob suspeita de inferências que atendam anseios de uma não contemporaneidade, dispersa de valores reais e mergulhada em interesses amorais, mas afinal, de que adiantaria a ausência de fraude se tudo que se sabe hoje é que em qualquer tempo e era será o reflexo da mais autêntica criatividade humana?