ESMERALDA

O pequeno grupo de homens reunia-se ao redor do fogueira. Os olhos, que brilhavam mais que as labaredas do fogo, não desgrudavam da dançarina que rodopiava em um bailado encantador, onde as rosas bordadas na saia rodada pareciam saltar para juntarem-se as outras flores dos jardins, que circundavam a casa grande da fazenda.

Esmeralda, a cigana, com o espetáculo de sua dança diminuía o cansaço daqueles trabalhadores e trazia alegria, quando nos finas das tardes de sextas feiras, surgia ninguém sabia de onde, tendo sobre os pés descalços uma corrente dourada de onde pendiam uma coraçao e uma figa vermelha.. Sua dança trazia consigo a sabedoria de seus ancestrais louvando a deuses protetores ou falando de amores vividos e de amores perdidos..

Tudo era mistério naquela mulher bonita, cuja idade ninguém se atrevia adivinhar... suas origens eram desconhecidas mas sua chegada era esperada. Pouco falava. mas sua presença calava todos, que ofuscados pelo floreado de sua saia sonhavam em pertencerem também a uma tribo distante...

CEIÇA
Enviado por CEIÇA em 07/11/2016
Reeditado em 07/12/2016
Código do texto: T5816564
Classificação de conteúdo: seguro