Donald "Führer" Trump
"A história se repete, a primeira vez
como tragédia e a segunda como farsa."
Karl Marx
Hipocrisia não é apenas a contradição entre dizer e fazer, é também uma forma, na maioria das vezes maliciosa, de ocultação. Adolf Hitler foi um dos personagens históricos que mais se empenhou nisso, chegando ao ponto de ordenar o assassinato de um oficial alemão para que sua origem não fosse revelada, especificamente a ascendência paterna. Inúmeras pesquisas, inclusive genéticas, apontam que tinha sangue judeu.
Mas, por que Hitler deve ser lembrado nesta data, 9 de novembro de 2016? Exatamente porque no dia de hoje todos os jornais do planeta anunciam a vitória do candidato americano Donald Trump. Ainda não entendeu? Então, vamos “ligar os pontinhos”.
O agora presidente americano, um xenófobo declarado - mais, impossível - é filho de uma escocesa e neto, pelo lado paterno, de imigrantes, coincidentemente, alemães (Trump é o sobrenome americanizado do originário alemão).
As semelhanças infelizmente não param por aí. Trump, assim como o Fuhrer, explorou principalmente, com grotesca maestria, o que sobra aos cidadãos que se sentem diretamente prejudicados, seja por estrangeiros, no caso americano, seja por tratados absurdamente injustos (tratado de Versalhes), no caso alemão, o orgulho. Em ambos, o orgulho branco. Supremacia ariana outrora, americana agora. Não é que deu certo?
Não nos esqueçamos,entretanto, de que o maior papel da história é exatamente este, nos lembrar do que os seres humanos fizeram, principalmente uns aos outros.
No futuro os dicionários acrescentarão mais um sinônimo à palavra contradição e, meu maior medo, é de que nem todos se lembrem que esse já foi o sobrenome de alguém.
Ps. Os empreendimentos Trump em Dubai contam com a ativa participação de trabalhadores de outras partes menos abastadas do oriente médio em condições de semiescravidão.
Ps2. Será que o magnata trará os mesmos trabalhadores para construir o bendito muro? Claro que não, a mão de obra mexicana é muito mais barata.