Crise partidos políticos

Desde que perdeu o cargo de presidente da República do Brasil através de um longo processo de impeachment em que foi acusada de crime de responsabilidade, Dilma Wanda Rousseff se mudou para a cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde mora com sua filha, Paula Rousseff Araújo, que é casada, mãe e procuradora do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul. Apesar da proteção e regalia de ex-presidente, como ter carros à disposição e seguranças, leva uma vida como cidadã comum, em que pode ir ao supermercado e padaria, sem o assédio da impressa e de populares. Tem como hobby andar de bicicleta para manter a boa forma física.

Dilma Wanda Rousseff nasceu no dia 14 de dezembro de 1947, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. É filha de Pedro Rousseff, advogado e empresário búlgaro naturalizado brasileiro, e da professora Dilma Jane Coimbra. Em 1977 graduou-se em economia pela universidade do Rio Grande do Sul. Foi casada por 30 anos com Carlos Franklin Paixão de Araújo, eleito deputado estadual do Rio Grande do Sul em 1982, 1986 e 1990 pelo PDT de Leonel Brizola. Carlos Araújo foi candidato a prefeito de Porto Alegre por duas vezes, ou seja, 1988 quando perdeu para Olívio Dutra, e em 1992 quando foi derrotado por Tarso Genro. Em 2002 por indicação do partido dos Trabalhadores assumiu o Ministério das Minas e Energia do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2010 tendo como avalista Luiz Inácio Lula da Silva foi eleita presidente da República no segundo turno. E em 26 de outubro de 2014 foi reeleita, novamente no segundo turno.

Dilma Rousseff goza de muito prestígio por ser a única mulher até o momento a ocupar o maior cargo eletivo do país (chefe de Estado e chefe de governo), por isso é convidada para palestras, eventos políticos, programas de rádio, televisão e internet. Recentemente Dilma Rousseff disse que o Brasil é ingovernável devido a fragmentação partidária. Não sou cientista político, mas concordo com o pensamento de Dilma. No momento há 35 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e com tendência a aumentar. O Brasil é o país recordista em partidos políticos. São tantos partidos que confundem a cabeça do eleitor na hora de votar. Nem mesmo os jornalistas políticos sabem os nomes de todos os partidos. É uma verdadeira torre de babel.

No meu entendimento, o país precisa passar por uma reforma política urgente para consolidação da democracia. Dentre as reformas, cito o fim das eleições proporcionais que beneficiam a eleição de vereadores e deputados sem a maioria dos votos; a redução do número de partidos, tendo em vista que a maioria são agrupamentos de cabos eleitorais, sem ideologia e sem programa de governo, e que serve apenas de “legendas de aluguel”, por vender o tempo de propaganda no rádio e na TV. Acho ainda que um partido para existir deveria ter um mínimo de votos e candidatos eleitos em todos os cargos na esfera municipal, estadual e federal, exceto presidente da República.

Enfim, a grande quantidade de partidos só faz aumentar os custos das eleições e a corrupção. Tenho a impressão que Dilma Rousseff foi exonerada pela fragmentação partidária e não pela má administração ou crime de responsabilidade. Porque o (a) governante que não consegue a maioria dos votos no plenário não consegue governar fica isolado (a), sem nenhum poder. E num país de muitos partidos, é complicado. E na prática muitos partidos são filiados a outros partidos, sem identidade, trabalham para outros partidos em troca de cargos, o que é ilegal. Ou seja, são partidos de fachada.

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 15/11/2016
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