PRELÚDIO fim

PRELÚDIO fim

Evidências pálidas mal resolvidas

é inverno ainda mal sabia

que alguém acordava depois

de ter dormido na esteira da "fortuna"

quando o pensar resolve abrir

para o dia seguinte existe um dia seguindo

os passados firmes predicados graves

ninguém aflige a sabedoria imóvel

lustrada sempre dobrada ao senhorio

franqueado de algum filme

para a beleza das normas retocadas

ele era o passo a ser seguido

eu buscava o amor de tudo isso

não via nenhum clamor pela virtude

eram humildes servos da lisura

em pose de gala cometendo crimes

diante da grande "vitrine negra"

só emanavam desenhos "sombrios"

sombreados alimentos vil mastigados

desde uma infância servil

uma infância de bonecas porcelanadas

nunca encontre tão perto

teu estranho gosto de liberdade

pode trazer problemas

e as cenas produzidas podiam cair

no sonho que vive nada perpétuo

nos mares desconhecidos

é a mulher-sereia indomada

pensava eu desolada olhando

as mesmices caducas dos outros

fazendo de mim a escultura posta

que será no meio da sala

pra inaugurar quem sabe a noite

dos prazeres mesmo não querendo

quem sabe a noite traga alguém

pro consolo da menina onde a honra

partiu muito cedo e foi deixando

estas marcas que acordam

comigo sempre desde cedo

acordo incompleta no quarto aceso

de lençois limpos andei dormindo

toda noite do mesmo jeito

e o defeito que esmagam no meu corpo

pra suprir as próprias ânsias

talvez possa realmente acontecer

um dos amantes das beldades

desenhadas as luzes de cremes

e maquiagens pra esconder falsas

tolices das verdades que diriam

se não fosse a pose que precisam

saberiam os segredos profundos

do mundo guardado do quarto

das portas entre os alheios

descendo até o passeio do jardim

entre as macieiras logo canteiro

adornado de margaridas e roseiras

das folhagens cercadas de adornos

bem cortados surge este segredo

das risadas medonhas entre elas

do qual sonho ser eu entre elas

mas de verdade sendo livre

minha cobiça pode trazer

um estrangeiro qualquer na conquista

p'ra que a aparência da fuga seja

assim um pouco mais quero dizer

que seja de outra forma esse mais

abrindo-me aos outros mais bonita

e depois o prazer vai receber

toda carne sofrida dos anos

além da vida rebuscados e frios

num calor vazio de sentido talvez ele possa

nesta verdade que busco ...ter!

MÚSICA DE LEITURA: BEETHOVEM - FOR Elise