SISMÉRIA - um bélico relance

SISMÉRIA - um bélico relance

Sua casa fica no interior de tudo

que vem dizer sobre o amor

não tem o mesmo endereço

destas caras que eles ditam

ela é tão bonita de sensualidade

num corpo de magia que enlouquece

que adoece querem bebe-la

querem ter a cura

querem visita-la no mais

profundo interesse

ela disfarça que não viu

quem subiu perto de onde ele estava

quase roubou sua metade

seu valor sua intrínseca razão

de apequenar o humano macho

que veste tatuagens e musculos

pra esconder o medo talvez

o medo de não ser reconhecido

quando não alopram nas conversas

são apenas passageiros

eles queriam a verdade

por maldade a verdade não sai

de nenhum organismo sem

antes de tudo mentir sobressair

transar pra depois cuspir

qualquer enredo do caso

os idiotas gostam das vulneráveis

que aceitam sua abotoada

performance de academia

que desfeita são comida mal temperada

misturas de restos de argila

pra construir uma estátua

são tão corriqueiros

e na agonia do visceral moralista

abrem a violência contra

qualquer mulher tímida

minha casa não está a venda

minha casa não corre perigo

ela é um perigo pra quem enfrenta

nos tons escuros de uma roupa que fecha

por feiches iluminados desde

os calcanhares até acima no peito

pra deixar morderem a lingua

morderem os lábios

coçar o falo indignados

quando escolho quem pode

vir a ser meu par na noite fria

vou caminhar pela sombra que fica

dos fracos de força estúpida

que vem comprar almas

sou toda o estupro dos pensamentos

que sonham vingar-se

quando vingam estão de volta

aos prazeres dos animais de jaula!

MÚSICA DE LEITURA: ACID KING - DRIVE FAST