O MESMO QUE A DESGRAÇA
O MESMO QUE A DESGRAÇA
Dignidade sorriu dormiu a recém
que partiu subiu amante coroando
meu ensaio de romance digno
de clássicos populares da antiga era
quase advinham o que vai acontecer depois
fase de aninhar carente caia
eu fui ter a coragem pela metade
a outra foi anulada com gotas
da tolice de esperar o que eu oferecia
contando quantas águas
poderia tomar com o gosto
informando que se eu bebesse
além do que podia
minha dignidade iria virar rio
nas ladeiras pelo quarto inteiro
com um único prejuízo
o pré juizo dos outros
por que maluco torno-me
quando penso por acaso que sabem
de tudo qu'eu sentia
dignidade a vista do prazo
que coloquei acima tão alto
que estrelas brilhavam poluídas
de dúvida da criatura assombrada
que dividia meu ser em dois
o outro era um esse que agora depois
ainda come o que ela deixou
que ela chamou de amor
quando clamou as dores do sexo
quando falou do meu anexo
de uma dor tão bonita permitida
poderia ser minha essa coisa
que foi criada para o fim da morte
da vida e ainda abriga o nome
confuso de pecado creio que foi dado
pelo sentido beato de sentir a vida
uma coisa incriada descrédito de puro
não mata nenhuma fome
consome e vira distúrbio
eu vi o começo de tudo por estar dependente
eu vi o fim do mundo como ele é realmente
não existe apocalipse
exisite um rápido "eclipse" indo
morrer no horizonte
na força do ápice de um gozo sentido
ela levou pedaços meus no mel prazer
aconteceu de'u ter chamado
minha sombra pelo nome que ela disse ter...
MÚSICA DE LEITURA: Jolie Holland - Old Fashioned Morphine